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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 28 de abril de 2024

José de Sousa Lima - Pé Veio - Por Antonio Morais.

Do Pé Veio temos muitas historias. 

O difícil é escolher a melhor. Mas certa vez, por voltas das 09hs da noite, estavam na calçada da casa do Buenos Aires - Fatico, Pé Veio e mais algumas pessoas proseando. De repente surgem umas pessoas procedentes da cidade de Juazeiro do Norte, a pé, que seguiam para Canindé, com a finalidade de pagar promessa. 

Se aproximaram, deram boa noite e pediram para pernoitar, visto que não conheciam a região e estavam cansados.

Fatico com sua generosidade e hospitalidade concedeu abrigo afirmando lamentar que sua esposa estivesse ausente e não ter quem fizesse, pelo menos um lanche para eles. 

Então, Pé Veio perguntou a toda voz: vocês gostam de coalhada? Os romeiros ficaram alegres como pinto em chinica e responderam todos a uma só voz: sim, gostamos.

Pé Veio passou uma mão na outra, lambei os beiços e lascou: taí Fatico, se tivesse eles achavam era bom!

Outra vez, Pé Veio passavam na Casa de Saúde São Raimundo a caminho do Buenos Aires, e, um filho de Dr. Iran estava cutucando um jumento com um cipó de marmeleiro. 

Pé Veio deu uma cubada na malinação e disse: Menina tu não cutuca este jegue que ele não sabe que tu é filho de Dr. Iran!.

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