Tanto me afiz bela urbe, a tua natureza
Pelos meus respirada, exuberante e pura,
Que, ausente dos teus céus, nas horas de ternuras
Afloras-me ao cismar, bem fadada princesa.
Venho as auras haurir-te. E ao ver-te, que leveza
Blandiciosa me invade, e se aviva, e perdura,
Sentindo-me ingressar na região da fartura.
Sentindo-me extasiar na zona da beleza.
E o Cristo Redentor, e as torres, e a serena
Verdura a emoldurar te... Em fim, para que a pena
Deslize no papel, feliz, ágil, fagueira.
Basta-me a aparição, na tarde que se encerra
De uma casa a alvejar num côncavo de serra
Ou o simples flabelar de um leque de palmeira.
Inicialmente gostaria que o Historiador Almando Rafael trouxesse algumas informações do Autor deste belo poema: Alves de Oliveira. E ofereço aos cratense que por qualquer razão ou motivo se ausentaram do Crato e não o esquecem jamais.
ResponderExcluirCaro Morais,
ResponderExcluirInfelizmente não conheço dados relacionado ao bom poeta Alves de Oliveira. Mas a poesia postada já diz que o vate é dos bons.
Fico devendo esta informação.
Saúde e bem estar,
Armando
Amigo Armando.
ResponderExcluirEncontrei este belo poema no Jornal Folha da Semana, edição especial de 17.10.1953, o Osvaldo Alves lançou com 100 paginas em homenagem ao Centenario do Crato.
Abraços.