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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

É a cara do sertão - Por Mundim do Vale

Meu nome é Mundim do Vale
Do vale da precisão,
Nesse verso eu vou fazer
Pequena comparação.
Uma casa abandonada,
Um mendigo na estrada
É a cara do sertão.

Uma galinha caipira
Catando pedras no chão,
Um couro velho espichado
Na parede de um oitão.
Um jegue atrás da jumenta,
Levando coice na venta
É a cara do sertão.

Político botar no bolso
Dinheiro da educação,
Estudante pendurado
Em grade de caminhão.
Os mais pobres sem escola,
E os pais pedindo esmola,
É a cara do sertão.

Por Mundim do Vale

3 comentários:

  1. Mundim do Vale.

    A foto ilustra a casa abadonada. Este é o sertão que outrora foi alegre, feliz, farto. Transferido para periferia das grandes cidades, os sertanejos vivem vendo os filhos se entregando a bebida, as drogas e a prostituição. Lamentavel, triste e sem esperança!

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  2. Excelente o texto e o paralelo.

    Abraço, Claude

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  3. Morais posso tá enganado, mas acho que coheço esta casinha.......Tá muito parecida com a da Pitombeira.rsrrs

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