Meu nome é Mundim do Vale
Do vale da precisão,
Nesse verso eu vou fazer
Pequena comparação.
Uma casa abandonada,
Um mendigo na estrada
É a cara do sertão.
Uma galinha caipira
Catando pedras no chão,
Um couro velho espichado
Na parede de um oitão.
Um jegue atrás da jumenta,
Levando coice na venta
É a cara do sertão.
Político botar no bolso
Dinheiro da educação,
Estudante pendurado
Em grade de caminhão.
Os mais pobres sem escola,
E os pais pedindo esmola,
É a cara do sertão.
Por Mundim do Vale
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Mundim do Vale.
ResponderExcluirA foto ilustra a casa abadonada. Este é o sertão que outrora foi alegre, feliz, farto. Transferido para periferia das grandes cidades, os sertanejos vivem vendo os filhos se entregando a bebida, as drogas e a prostituição. Lamentavel, triste e sem esperança!
Excelente o texto e o paralelo.
ResponderExcluirAbraço, Claude
Morais posso tá enganado, mas acho que coheço esta casinha.......Tá muito parecida com a da Pitombeira.rsrrs
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