Em 1888 a Princesa Isabel, sendo novamente regente, assinou a Lei Áurea. Tendo
provocado a queda do gabinete Cotegipe, a Princesa chamara o Conselheiro João
Alfredo Corrêa de Oliveira, que era abolicionista, à presidência do Conselho.
Este fizera votar a Lei Áurea e a apresentara para a assinatura da Princesa
Isabel. O Conde d’Eu, nessa ocasião, teve um momento de hesitação : “Não o
assine, Isabel. É o fim da monarquia”. Ao que ela respondeu: “Assiná-lo-ei,
Gaston. Se agora não o fizer, talvez nunca mais tenhamos uma oportunidade tão
propícia.
O negro precisa de liberdade, assim como eu necessito satisfazer ao
nosso Papa e nivelar o Brasil, moral e socialmente, aos demais países
civilizados”. Depois da assinatura realizou-se grande festa no Rio de Janeiro,
com grandes aclamações do povo.
Estando a Princesa Isabel junto ao barão de
Cotegipe na janela do palácio — o barão a estimava, embora estivessem em
desacordo na questão da escravidão — ela perguntou-lhe: “Então, Senhor barão,
V. Excia. acha que foi acertada a adoção da lei que acabo de assinar?”. Ao que
o barão, com muito carinho, respondeu: “Redimistes, sim, Alteza, uma raça, mas
perdestes vosso trono”. D. Pedro II nesse momento estava em Milão, muito
doente e com a perspectiva iminente de morte. Mas a 22 de maio ele sentiu
certa melhora, e a Imperatriz teve a coragem de lhe dar a notícia da Abolição.
“Enchendo-se de coragem, deu-lhe com brandura a grande nova. O Imperador abriu
lentamente os olhos emaciados e depois perguntou como quem ressuscitava: ‘Não
há mais escravos no Brasil?’. ‘Não – respondeu a Imperatriz – a lei foi votada
no dia 13. A escravidão está abolida’. ‘Demos graças a Deus. Telegrafe
imediatamente a Isabel enviando-lhe minha bênção e todos os agradecimentos
para o País’.
Houve um momento de silêncio. A emoção dos presentes era grande.
Virando-se lentamente, o Imperador acrescentou, numa voz quase sumida: ‘Oh!
Grande povo! Grande Povo!’ O telegrama que foi mandado à Princesa Isabel tinha
o seguinte teor: ‘Princesa Imperial. Grande satisfação para meu coração e
graças a Deus pela abolição da escravidão. Felicitação para vós e todos os
brasileiros. Pedro e Tereza’”.
“Redimistes, sim, Alteza, uma raça, mas perdestes vosso trono”.
ResponderExcluir‘Princesa Imperial. Grande satisfação para meu coração e graças a Deus pela abolição da escravidão. Felicitação para vós e todos os brasileiros.
"Pedro e Tereza”.
Diferentemente, hoje em dia, vemos o Governante declarar: Tenho que me aliar aos bandidos para gonvernar, ou melhor para me manter no cargo. Não foi mais ou menos o que se entendeu com o declaração que envolveu até Jesus Cristo?
Caro Morais:
ResponderExcluirPostagem honesta, veraz, fiel...
Interessante é que 120 anos depois nenhuma outra mulher voltar a ser Chefe de Estado no Brasil...
Está no Blog de Oliveira Dimas:
ResponderExcluir"A ministra Dilma Rousseff disse que o Brasil está preparado para ter uma mulher no comando. Pelo visto, ela não se deu conta que a princesa Isabel era mulher. Ao todo, Isabel substituiu o pai em suas ausências por mais de três anos, ou seja, mais tempo que Collor e Jânio Quadros.
O governo de Isabel, pelas decisões avançadas que ela assumiu, é o principal marco de modernidade da história do Brasil e da América do Sul naquele período histórico.
Antes de Isabel, as mulheres só tinham exercido o poder em oito nações do mundo.
A declaração da ministra, portanto, não é correta a respeito do passado do país, tampouco é justa com o presente das mulheres. Ninguém pode assumir a presidência da República por ser mulher. As mulheres que representam avanço não usam a condição feminina como motor do seu progresso.
Nenhuma mulher se torna juíza, ou presidente de uma empresa, apenas por não ser homem. As mulheres também não sobem na carreira por necessidade das corporações de diversificar o quadro ou combater o machismo. Elas sobem por méritos que são medidos por padrões que valem tanto para homens quanto para mulheres".
A Dilma declarou outro dia num comicio que no Brasil "Mulher não vota em mulher e pobre não vota em pobre". Se for verdade sua declaração, o melhor seria desistir da candidatura. Ou será que deseja depois dizer que tudo veio depois dela? Que tambem quebrou esse tabu?
ResponderExcluirQuanta bestagem.
É...
ResponderExcluirMorais
Magnifica postagem. Ela, como seu pai D. Pedro II, amava mais o povo brasileiro do que a si mesma.
Por isso, mesmo sabendo que perderia o trono, sancionou a Lei Aurea.
É muito importante resgatar a memória da história.
Nos bancos escolares nunca aprendemos isto.
Agora temos a chance.
Melhor falar sobre um passado maravilhoso do que de um presente canceroso.
Vicente Almeida
Concordo com você Vinte, e digo mais: se depender de mim, muito em breve terá uma Mulher assumindo a presidência; assim, do calibre da princesa Izabel. Maria de Fátima Bezerra Cordeiro.
ResponderExcluirNo último plebiscito para a escolha do sistema de governos atores negros fizeram a campanha publicitária em favor da república. O Brasil não tem jeito mesmo.
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