Eu vou aqui tentar fazer um pequeno histórico do carnaval da terra do arroz, a partir do ano de 1953. No domingo de carnaval daquele ano, a folia de rua foi feita por Valdimiro de Zé de Toim e Oliveira Mandinga, o primeiro usava um vestido e o outro um par de chifres na cabeça. Saíram pelas ruas cantando a marcha “ Cordão dos puxas sacos “ , acompanhados por batidas em panelas e latas. A meninada acompanhou a folia um deles era esse contador de causos, com a cara encarvoada e uma colher batendo numa lata de sardinha.
Carnaval de clube não se falava, mas Zé Tavares que era muito animado, promoveu um baile de carnaval na casa de Zezim Costa no mesmo domingo de noite. Os participantes eram: Os filhos do organizador, os filhos de Zezim Costa, os de André Costa e os de Vicente Moreno. Naquela noite eu corri para pegar um tubo de cloretil vazio e fui atropelado por uma bicicleta.
Depois daquela data nós passamos uma década sem carnaval na cidade.
Em 1963, Edmilsom Martins, Diassis Aquino e Nilo Sérgio Viana, formaram dois blocos de elite; Espartanos e Orientais, Já naquele ano o carnaval de clube foi no Secreio Social.
Foi também naquele ano que saiu pela primeira vez, um bloco do Roçado de Dentro, conduzido pelo saudoso Pedro Souza, seu cunhado Josimar Vieira, Munda Mariano e outros. Naquele ano também, eu, João Piau, Antônio Almeida, Antônio Ulisses e Homero Proto, formamos o bloco dos Índios, as garotas da nossa idade, formaram o bloco das Margaridas, composto por Rita Maria Morais, Maria Onelma Viana, Socorro Lemos, Margarida Bile e outras.
A partir daí o bloco do Roçado de Dentro transformou-se em escola de samba.
Com aquele samba bem ritmado e bonito, surgiu a idéia no nosso grupo de criar uma escolinha sem nenhuma pretensão de disputa, apenas para animar o carnaval de rua, nos dias que a escola maior não desfilasse. Feito o projeto, nós começamos com poucos instrumento Luís Filho trouxe uma cuíca de Fortaleza, eu fiz uma para Marconi Proto, fiz um surdo de mão para Noberto Rolim e Célio Costa trouxe uns agogôs.
Criada a batucada, foi dada o nome de Charanga, além do carnaval nós tocávamos nas partidas de futebol de salão onde o nosso time: Charanga Futebol Clube disputava.
A nossa Charanga ganhou status de clube social e de serviço, quando o Doutor Marcos Aurélio Rodrigues , juiz de direito de V. Alegre, colocou a Charanga no rol dos clubes da cidade, para o tribunal de justiça do estado, elevar a nossa comarca de primeira para segunda entrança.
A partir dali surgiu blocos e mais blocos: Beco da Narcisa, Bloco da Caganeira, Tem Piau no Carnaval, Bloco das Piabas, TED e outros mais. Entre eles “A Véa Debaixo da Cama “ Que deu origem a escola: Mocidade Independente do Sanharol, hoje nivelada com a do Roçado de Dentro.Coisa que não é surpresa,
Porque os músicos das duas escolas são parentes muito próximos.
Carnaval de clube não se falava, mas Zé Tavares que era muito animado, promoveu um baile de carnaval na casa de Zezim Costa no mesmo domingo de noite. Os participantes eram: Os filhos do organizador, os filhos de Zezim Costa, os de André Costa e os de Vicente Moreno. Naquela noite eu corri para pegar um tubo de cloretil vazio e fui atropelado por uma bicicleta.
Depois daquela data nós passamos uma década sem carnaval na cidade.
Em 1963, Edmilsom Martins, Diassis Aquino e Nilo Sérgio Viana, formaram dois blocos de elite; Espartanos e Orientais, Já naquele ano o carnaval de clube foi no Secreio Social.
Foi também naquele ano que saiu pela primeira vez, um bloco do Roçado de Dentro, conduzido pelo saudoso Pedro Souza, seu cunhado Josimar Vieira, Munda Mariano e outros. Naquele ano também, eu, João Piau, Antônio Almeida, Antônio Ulisses e Homero Proto, formamos o bloco dos Índios, as garotas da nossa idade, formaram o bloco das Margaridas, composto por Rita Maria Morais, Maria Onelma Viana, Socorro Lemos, Margarida Bile e outras.
A partir daí o bloco do Roçado de Dentro transformou-se em escola de samba.
Com aquele samba bem ritmado e bonito, surgiu a idéia no nosso grupo de criar uma escolinha sem nenhuma pretensão de disputa, apenas para animar o carnaval de rua, nos dias que a escola maior não desfilasse. Feito o projeto, nós começamos com poucos instrumento Luís Filho trouxe uma cuíca de Fortaleza, eu fiz uma para Marconi Proto, fiz um surdo de mão para Noberto Rolim e Célio Costa trouxe uns agogôs.
Criada a batucada, foi dada o nome de Charanga, além do carnaval nós tocávamos nas partidas de futebol de salão onde o nosso time: Charanga Futebol Clube disputava.
A nossa Charanga ganhou status de clube social e de serviço, quando o Doutor Marcos Aurélio Rodrigues , juiz de direito de V. Alegre, colocou a Charanga no rol dos clubes da cidade, para o tribunal de justiça do estado, elevar a nossa comarca de primeira para segunda entrança.
A partir dali surgiu blocos e mais blocos: Beco da Narcisa, Bloco da Caganeira, Tem Piau no Carnaval, Bloco das Piabas, TED e outros mais. Entre eles “A Véa Debaixo da Cama “ Que deu origem a escola: Mocidade Independente do Sanharol, hoje nivelada com a do Roçado de Dentro.Coisa que não é surpresa,
Porque os músicos das duas escolas são parentes muito próximos.
Daqui pra frente eu sugiro que alguém do blog dê seqüência a este histórico, para que eu não aborreça os leitores, com ums textos lentos e retrógrados.
Nós sabemos que na atualidade, o nosso carnaval é técnico ao ponto de chamar à atenção das emissoras de televisão.
Nós sabemos que na atualidade, o nosso carnaval é técnico ao ponto de chamar à atenção das emissoras de televisão.
Desejo um bom carnaval para os foliões e visitantes.
Raimundinho Piau
Mundim .
ResponderExcluirParabens pela retrospectiva. Não sei se voce se lembra que Rafael tambem saia acompanhado de Jose Raimundo fazendo suas bricadeiras.
Caro Primo.
Tenho falado mais do Sanharol do que do Roçado Dentro, quero que saibam que não é bairrismo nem podia ser, porque como voce diz os componentes das duas escolas são quase as mesmas pessoas. Reconheço a tradição e considero a Escola de Samba do Roçado Dentro com mais tradição de Carnaval e mais importancia tambem. Acontece que a comissão organizadora da MIS me procurou e estamos a disposição para qualquer postagem que a promova, e aguardo que a comissão do Roçado Dentro faça o mesmo para que possamos ajudar as duas escolas ao mesmo tempo.
Voce foi preciso em seu relato.
Parabens.
Mundin e Morais...
ResponderExcluirAdorei a retrospectiva. Suas informações são preciosas. Como sou um pouco mais novo, dos blocos citados eu participei dos mais mordenos, como os TED e Beco da Nacisa. Lembro também da "véia debaixo da cama". Há um outro bloco da década de setenta que participei quando criança. Era muito animado e contava com a participação de Alberto Siebra, Antônio Ulisses, José Macedo, Chico Basil e muitos outros foliões. O Blogo da Caganeira.
Falando nisso, em fevereiro vou na terrinha participar da folia.
Abraços.
Flavin...
Mundim e Flavin.
ResponderExcluirHouve tambem o Bloco das Piabas. Formado pelas senhoras casadas, tenho uma foto da Rosa Amelia, minha esposa Nair e Lais Holanda e outras senhoras desfilando..
Dos citados só me lembro do TED (Terror das Empregadas Domésticas), mas faço parte da nova história do "A Véia Debaixo da Cama"!
ResponderExcluirGrande Mundim,
ResponderExcluirParabéns pela retrospectiva, precisamos resgatar os fatos marcantes e a nossa cultura. Várzea Alegre precisa de um museu onde possa mostrar ao povo que nós temos valor. Precisamos de grandes encontros de filhos da Terra, onde possamos catalogar esses fatos e manter viva as amizades.
Betto Morais - seu primo.