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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 9 de março de 2010

A carroça automatizada - Por João Bastos Bitu.

Na década de 60 quando existia pouca tecnologia nas belas noites de lua cheia sempre a nossa casa foi ponto de receber os amigos vizinhos para aquele bate papo e discussão dos assuntos pertencentes à própria comunidade.
Manoel Leandro era um dos amigos muito assíduo do meu pai. Certa fez em suas imaginações e para fazerem o povo rir, eles criaram essa carroça que era composta de todos os mantimentos básicos e de primeiras necessidades e que deveriam ser comercializados nas comunidades circunvizinhas. Para tanto a carroça era controlada por computadores, radares e outros produtos que só mesmo na imaginação.
Veja bem, na imaginação deles a carroça era surtida de produtos que vieram surgir somente com a presença de inovações tecnológicas, como por exemplo, computadores, telefones celulares, pois a mesma tinha uma central de distribuição que se comunicava com os demais integrantes ligados ao empreendimento.
Diante da imaginação tecnologia por parte dos idealizadores da carroça Raimundo Bitu e Manoel Leandro, com vista ao período, observavam-se que eles já tinham visão de futuro, pois hoje é pura realidade, carro com computador, celular, linhas telefônicas nas comunidades, etc.
O querosene em pó era um dos produtos de baixo nível tecnológico, pois existiam outros que faziam a diferença como um aparelho que indicava os lugares onde só existia veacos, pessoas mal intencionadas, se insistisse o alarme disparava, o pneu baixava, o burro murchava a orelha e o condutor tinha que paralisar as atividades de vendas.
Mas tudo era apenas na imaginação dos idealizadores. A carroça possuía estes dispositivos que ainda hoje fazem falta aos comitês de créditos dos grandes bancos que recorrem ao SPC e Serasa, e as vezes ainda são surpreendidos em algumas liberações de créditos.
Por João Bastos Bitu.

4 comentários:

  1. Naquelas reuniões diarios, Manoel Leandro e Raiumundo Bitu apresentavam um pouco do mundo de hoje. O que servia de espanto para muitos, porem num pequeno espaço de tempo estamos vendo todos esses avanços idealizados por nossos profetas de tecnologia de futuro.

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  2. Raimundo Bitu e Manoel Leandro verdadeiros idealizadores com visão de futuro. Essa carroça foi pouco de risadas por muito tempo, pois cada noite aparecia novidades para fazer parte do seu acervo de estoques de mercadorias com inovações tecnológicas com vista ao seu funcionamento.
    O mais importante é que todas as suas imaginações do período tornaram realidades para os dias atuais.

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  3. Eu sei que a carroça tinha 18 pneus. Aúltima vez que eu presenciei os dois falando da carroça foi em 1981 no velório de Santiago, um botava um apetrecho, o outro bolava outro e assim por diante, o resto do pessaol só escutava e ria. Agora é impressionante voc~e imaginar o estudo de Padim, Manoel só se alfabetizou nos anos 70 com a Alfabetização Integrada e terem uma imaginação deste tipo, que parecia filme de ficção científica.

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  4. Já perto do falecimento do meu pai Manoel Leandro esteve lá em casa e ainda foi motivo de muitas risadas por conta da carroça. Planejamento participativo apenas na imaginação, mas com o passar do tempo e com o avanço da tecnologia tornou uma realidade no presente.

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