Que nenhum de nós perca a capacidade de se inspirar poetícamente diante da grande obra de Deus.
FELIZ DIA DA POESIA!
FELIZ DIA DA POESIA!
O Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira.
Considerado um dos mais brilhantes poetas românticos brasileiros, Antônio de Castro Alves já demonstrava desde cedo seu aptidão para as rimas – tanto que um de seus poemas mais conhecidos, “O navio negreiro”, foi escrito quando o poeta tinha apenas 12 anos.
Baiano de nascimento, Castro decidiu estudar direito. Depois de ser reprovado em geometria (por conta da boemia a que se entregou em Recife), o poeta conseguiu se matricular na Academia de Direito, onde participou ativamente da vida literária da instituição. Nesse período, seu entusiasmo diante das causas da liberdade e da justiça – principalmente no que dizia respeito ao movimento abolicionista – ganhou espaço e fama entre os colegas.
Porém, 1867, no meio do curso, apaixonou-se pela atriz portuguesa Eugênia Câmara e partiu com ela para uma temporada na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo – essa viagem rende “O Gonzaga ou a Revolução de Minas”. No Rio de Janeiro, Castro Alves conhece Machado de Assis.
Já em São Paulo, em 1868, durante uma caçada, o poeta acerta um tiro no pé. Passa por várias cirurgias e, por fim, acaba realizando a amputação.
Antes do retorno à Bahia, em 1870, escreve “Espumas Flutuantes”, seu principal trabalho. Mas, apenas um ano depois, aos 24 anos, morre de tuberculose.
Castro Alves é conhecido como "O Poeta da Liberdade"
Um Poema de Castro Alves.
Considerado um dos mais brilhantes poetas românticos brasileiros, Antônio de Castro Alves já demonstrava desde cedo seu aptidão para as rimas – tanto que um de seus poemas mais conhecidos, “O navio negreiro”, foi escrito quando o poeta tinha apenas 12 anos.
Baiano de nascimento, Castro decidiu estudar direito. Depois de ser reprovado em geometria (por conta da boemia a que se entregou em Recife), o poeta conseguiu se matricular na Academia de Direito, onde participou ativamente da vida literária da instituição. Nesse período, seu entusiasmo diante das causas da liberdade e da justiça – principalmente no que dizia respeito ao movimento abolicionista – ganhou espaço e fama entre os colegas.
Porém, 1867, no meio do curso, apaixonou-se pela atriz portuguesa Eugênia Câmara e partiu com ela para uma temporada na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo – essa viagem rende “O Gonzaga ou a Revolução de Minas”. No Rio de Janeiro, Castro Alves conhece Machado de Assis.
Já em São Paulo, em 1868, durante uma caçada, o poeta acerta um tiro no pé. Passa por várias cirurgias e, por fim, acaba realizando a amputação.
Antes do retorno à Bahia, em 1870, escreve “Espumas Flutuantes”, seu principal trabalho. Mas, apenas um ano depois, aos 24 anos, morre de tuberculose.
Castro Alves é conhecido como "O Poeta da Liberdade"
Um Poema de Castro Alves.
SAUDAÇÃO A PALMARES
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Nos altos cerros erguido
Ninho dáguias atrevido,
Salve! - País do bandido!
Salve! - Pátria do jaguar!
Verde serra onde os palmares
- Como indianos cocares
- No azul dos colúmbios ares
Desfraldam-se em mole arfar! ...
.
Salve! Região dos valentes
Onde os ecos estridentes
Mandam aos plainos trementes
Os gritos do caçador!
E ao longe os latidos soam...
E as trompas da caça atroam...
E os corvos negros revoam
Sobre o campo abrasador! ...
.
Palmares! a ti meu grito!
A ti, barca de granito,
Que no soçobro infinito
Abriste a vela ao trovão.
E provocaste a rajada,
Solta a flâmula agitada
Aos uivos da marujada
Nas ondas da escravidão!
.
De bravos soberbo estádio,
Das liberdades paládio,
Pegaste o punho do gládio,
E olhaste rindo pra o val:
Descei de cada horizonte...
Senhores! Eis-me de fronte! E riste...
O riso de um monte!
E a ironia... de um chacal!...
.
Cantem Eunucos devassos
Dos reis os marmóreos paços;
E beijem os férreos laços,
Que não ousam sacudir ...
Eu canto a beleza tua,
Caçadora seminua!...
Em cuja perna flutua
Ruiva a pele de um tapir.
.
Crioula! o teu seio escuro
Nunca deste ao beijo impuro!
Luzidio, firme, duro,
Guardaste pra um nobre amor.
Negra Diana selvagem,
Que escutas sob a ramagem
As vozes - que traz a aragem
Do teu rijo caçador! ...
.
Salve, Amazona guerreira!
Que nas rochas da clareira,
- Aos urros da cachoeira
- Sabes bater e lutar...
Salve! - nos cerros erguido
- Ninho, onde em sono atrevido,
Dorme o condor... e o bandido!...
A liberdade... e o jaguar!
Castro Alves
Agradeço ao Luiz Carlos Correia Diniz pela mensagem e dedico aos poetas do Blog do Sanharol.
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