Não conheço outro lugar
Por mais bonito que seja,
Que se possa comparar
Com a manhã sertaneja.
A noite sai, vem o dia
Na troca de harmonia,
Vem luz, sai escuridão.
Parece até que Jesus
Despregou-se lá da cruz
Pra vir morar no sertão.
O gado no pasto ruge
Galo do poleiro desce,
E é nesse ruge-ruge
Que o sertão amanhece.
Um ritual de beleza,
Presente da natureza
Que faz gosto a gente ver.
As estrelas vão sumindo,
A lua se despedindo
Para o “ Astro rei nascer.“
A coruja encandeada
Procura a escuridão,
Cordoniz voa apressada
Com medo do gavião.
Sabiá faz alegria,
Querendo dá um bom dia
Para o galo de campina.
Canta alto a siriema,
Para ilustrar o poema
E enfeitar essa rima.
Depois que foge o luar
Para o céu escurecer,
Vale a pena madrugar
Para ver o sol nascer.
A imagem do sertão,
É a forte inspiração
Que o poeta deseja,
Pra fazer a sua rima
Da mais pura obra prima,
Do painel da natureza.
A lua à noite vigia
Como um guarda noturno,
O sol lhe rende de dia
Para o trabalho diurno.
E assim acorda o sertão,
Na mais completa união
De astro com sertanejo.
De tudo que Deus tem feito
Um quadro assim tão perfeito
É só no sertão que vejo.
Quando a noite vai embora
Pra madrugada chegar,
O repentista na hora
Faz um verso popular.
O poeta acorda cedo,
Pega a viola sem medo
Pra rimar o sol nascendo.
Porque não tem nada igual,
Ao cenário natural
DO SERTÃO AMANHECENDO.
Dedicado aos primos, Antônio Morais e João Bitu.
As Poesias de Mundim(Mundão).É verdadeiro retrato fiel e colorido do nosso sertão. Parabéns Poeta por mais esse. Muito bom.
ResponderExcluirMundim.
ResponderExcluirAgradeço de coração a sua homenagem. Belos e bonitos versos, como tudo que voce faz.
Parabens