Nascer no Crato é tirar prêmio na loteria, sorte das grandes; ser escolhido cidadão do Recife é um privilégio tão mamão-com-açúcar que deixa a gente abestalhada, dentes no quarador. Aqui chegado no início dos anos 70, passei a admirar seus rios, suas pontes, seus bairros e, sobremaneira, sua gente tão hospitaleira e que tão gentilmente me acolheu. Pelas bandas de cá estudei, me formei, trabalhei, casei, constituí família (tenho dois filhos recifenses) e dei início a minha carreira como compositor e poeta.
Ser agraciado com esse título é uma honraria e motivo de muito orgulho. De uma hora pra outra passei a ser conterrâneo de cabras do porte de Manoel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Carlos Penna Filho, recifenses como eu. Da mesma forma, no intervalo entre um discurso e uma lágrima de emoção, passei a ser conterrâneo, mesmo sem aqui termos nascido, de Miguel Arraes de Alencar, Helder Câmara, Ariano Suassuna, colegas de título. Dia 20 me tornei Recifense pela decisão do povo da cidade, representada pela unanimidade de seus Vereadores.
A partir de agora, nas manhãs de cada dia, baterei na caixa dos peitos e direi com a maior convicção, mas baixinho pra não provocar ciúmes nem parecer arrogância de gente feliz: além de Cratense, sou do Recife, também.
Parabens Xico por esses seus novos conterraneos, especialmente por Dom Helder Camara, o grande bem-feitor da humanidade.
ResponderExcluirUm grande abraço.
A. Morais
Pois é, Xico: foi bonita a festa lá na Câmara, com tanto sanfoneiro tocando tuas músicas e aquele coral cantando.
ResponderExcluirEita que ser cidadão recifense é demais!
Um abração
Stela