Todas as estrelas que caem
- Claude Bloc -
Meus olhos ancoram em águas profundas
em sonolentas pastagens,
nos reflexos das nuvens...
Assim mesmo e mesmo assim a vida caminha
e o vento arqueja
no final de tarde...
Um dia voltei a esse cenário
e percebi que o açude lamentava a falta
a minha falta
a falta de todos
e o tempo esperava que voltássemos
num tempo fora do tempo
sem deixar rastros...
As lembranças que tínhamos
perderam-se nessas águas
sem desvendar os segredos
sem se prender aos enredos...
porque à noite
todas as estrelas que caem
jogam-se nas águas desse açude
e acendem a nossa memória
como se a vida fosse uma concha cheia de silêncio
como se a vida fosse o espaço eterno
entre o sonho e a própria vida.
Claude Bloc
Claude.
ResponderExcluirMais um poema. Mais uma historia. Poema, historia e fotos juntas formam um todo completo, belo. Parabens.
Claude,como a felicidade é relativa, esse ambiente rústico e caústico te fazia feliz,não a felicidade do ambiente atual em que vives com todas as cibernéticas e correrias.Desculpe-me se a análise encontra-se incoerente.Volte sempre a sua Serra Verde só assim teremos belos poemas.Um abraço.Rolim.
ResponderExcluirObrigada Morais pela sempre presente gentileza. Gosto mesmo de fazer essa composição: imagem X texto. Realmente um completa o outro.
ResponderExcluirABRAÇO,
Claude
Rolim,
ResponderExcluirSua análise é mais que coerente. É por esta razão que sempre procuro voltar ao Crato e à Serra Verde, para revigorar meu ânimo, minha mente e me abastecer de alegria.
Abraço,
Claude