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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

SEXTA DE TEXTOS – Sávio Pinheiro

TEATRO DE RUA - O CONTRASTE
Dedico a Dr. Rolim, autor da famosa frase do final do texto, enquanto era o nosso representante na augusta casa do povo.

PRIMEIRO CENÁRIO: O domicílio.

ENREDO: Paciente muito grave, com Insuficiência Cardíaca Congestiva Descompensada, em cadeira de rodas, já que não consegue ficar deitado devido ao cansaço intenso provocado pela doença. Reside na casa do filho mais velho, que é casado. Sua nora, sentindo que a morte do sogro se aproxima, sugere a Policarpo, seu esposo, que vá providenciar a limpeza do túmulo da família. Este, confirmando com o coveiro, que o cemitério se encontra superlotado fica preocupado e diz para a esposa. Ela lhe passa a informação que os vereadores votarão um projeto de lei para a construção de um novo cemitério. Após reunião conturbada na Câmara de Vereadores, o projeto não é aprovado e a sessão transforma-se em um enorme bate-boca com muitas retaliações. E dessa polêmica surge um novo contraste na cidade.

PERSONAGENS:

1- SEU POPÓ: Aposentado, idoso, intransigente, de fala trêmula e cansada. Caricatura de chefe de família, de patriarca.

2- POLICARPO: Personagem de estatura mediana, estressado, com tiques nervosos. Caricatura de dono de casa de família tradicional.

3- MARIANA: Personagem extrovertida, simpática, religiosa, voltada totalmente para o lar. Caricatura de dona de casa.

4- VEREADOR MANÉ JOSÉ: Personagem que simboliza a prestação de serviço de forma individual, visando sua futura eleição, mas que possui uma ideologia voltada para o coletivo.

5- VEREADOR CHICO BORRALHO: Personagem que simboliza a imparcialidade, em razão do cargo que ele ocupa.

6- VEREADOR ANTÔNIO CARLOS FANFARRÃO: Personagem que simboliza o oposicionista de carteirinha, visando mais o seu próprio interesse.

A encenação tem início com os atores batucando e cantando a música “Os Contrastes de Várzea Alegre”, do compositor varzealegrense José Clementino, para chamar a atenção do público. Estes personagens poderão se apresentar com a simbologia dos contrastes. Ex.: mastruz e bule de café, cartazes com o peru delegado, o calango carcereiro, o bode marchante, o padre casado, etc.

NO DOMICÍLIO:
Cenário: Cadeira de rodas e vassoura nas mãos de Mariana (dona de casa).

MARIANA: O teu pai não está nada bem, Policarpo! Ontem, à noite, ele sentiu um cansaço muito grande, parecia até que ia morrer. Acho bom começarmos a providenciar alguma coisa, caso ele venha a falecer.

POLICARPO: Vira esta boca pra lá, Mariana. O meu pai ainda vai viver, e muito... Tenho muita fé em Deus e ele não nos abandonará numa hora dessas.

MARIANA: Seja realista, homem de Deus. Você não está vendo o estado de saúde que ele se encontra? A doença dele é no coração e o teu pai está muito inchado e cansado. O médico falou que para ele sobreviver, só havendo um milagre.

POLICARPO: Me Desculpe, Mariana, é que eu estou muito nervoso e desapontado com as coisas dessa vida.

MARIANA: Pois, então, homem de Deus! Vamos ser realista e começar a providenciar o enterro, que é o melhor que nós fazemos.

POLICARPO: Ta bem, ta bem! Vou procurar o coveiro agora mesmo pra saber como está o túmulo da nossa família. Faz uns oito anos que o utilizamos pela última vez.

MARIANA: Graças a Deus!

Policarpo sai de casa e logo em seguida batem na porta da frente. Mariana caminha até a mesma, abrindo-a.

VEREADOR MANÉ JOSÉ: Bom dia, comadre Mariana.

MARIANA: Bom dia, vereador. Como está Comadre Vicência?

VEREADOR MANÉ JOSÉ: Está bem. Soube que o seu Popó teve uma piora, é verdade?

MARIANA: É verdade! Mas vamos entrando que já - já eu lhe conto tudo. Policarpo acabou de sair para ver como está o seu terreno lá no campo santo. Nunca mais fomos lá nem pra colocar velas, dia de finados. Imagino o tamanho do matagal em volta do túmulo.

VEREADOR: Pois ele vai ter uma surpresa não muito agradável, Comadre Mariana. O nosso cemitério está tão lotado, que em alguns lugares, só se consegue enterrar alguém, de helicóptero.

MARIANA: O quê?... Isso é verdade mesmo?

VEREADOR: Se é? Semana passada eu soube de uma estória de arrepiar até careca. É que para acontecer o sepultamento de uma senhora recém falecida, a família teve que guardar os restos mortais do morto anterior em uma caixa de papelão, em uma catacumba próxima.

MARIANA: Não me diga uma estória dessas, homem de Deus! Policarpo vai endoidar, caso alguma coisa aconteça de errado. E se não der para enterrar o velho Popó por lá, o que vamos fazer?

VEREADOR: Realmente, este problema é muito sério, porém já estamos trabalhando para solucioná-lo. Logo mais haverá uma votação na Câmara de Vereadores, exatamente para resolvermos definitivamente esta situação.

MARIANA: Que bom sabermos que os nossos representantes estão preocupados com alguma coisa de útil. No pleito passado, o vereador que nós escolhemos para votar, só servia para apresentar projeto pra mudar nome de rua e fazer confusão nas reuniões.

VEREADOR: Pois os tempos mudaram, Comadre Mariana, e o perfil do vereador também. Mas, como está mesmo o Seu Popó? Posso vê-lo?

MARIANA: Claro que sim, compadre.

O vereador se aproxima do enfermo e lhe dirige a palavra. Este responde as perguntas de forma cansada devido à doença que o aflige.

VEREADOR: Como vai o senhor, seu Popó? Está se sentindo melhor?

SEU POPÓ: De jeito maneira, vereador Mané José. Estou me sentindo cada vez mais cansado. Sinto que o meu fim está chegando.

VEREADOR: Não pense dessa forma, seu Popó. Tenha fé em Deus, que tudo fica mais fácil. O seu problema é sério, mas com um bom acompanhamento, tudo vai ser resolvido. Solicite o médico e a enfermeira da equipe do Programa Saúde da Família de sua área, através do seu agente de saúde, que eles lhe atenderão no próprio domicílio.

SEU POPÓ: Isso é verdade mesmo? Quando eles chegam aqui na nossa cidade?

VEREADOR: Eles já existem, seu Popó. São várias equipes trabalhando em áreas diferentes no nosso município. Todo este esforço para melhorar a qualidade de vida das pessoas, no seu próprio bairro ou região.

SEU POPÓ: Por que não me falaram isso antes? E eu aqui sofrendo nesta cadeira de rodas!

VEREADOR: Fique tranquilo, seu Popó, que eu providenciarei a vinda dessa equipe aqui em sua casa ainda hoje. Até mais... E passar bem!

O vereador dirige-se a Mariana e despede-se também.

VEREADOR: Até logo, Comadre Mariana.

MARIANA: Até...

Após a saída do vereador, a porta se abre e Policarpo entra com uma aparência não muito boa.

POLICARPO: Mariana... Mariana...

MARIANA: Estou aqui Policarpo, arrumando algumas coisas. Como é que foi lá no cemitério? Tudo correu bem?

POLICARPO: Bem, uma ova! Se eu lhe contar você não vai acreditar.

MARIANA: Pois se acalme e me conte tudo direitinho, homem de Deus.

POLICARPO: Primeiramente, cheguei ao portão do campo santo, bati palmas por mais de meia hora e não saiu ninguém pra me atender.

MARIANA: E tu queria que saísse alguém? Se lá só tem alma penada!

POLICARPO: Não é isso Mariana, é que imaginei que o coveiro estivesse por lá.

MARIANA: Ah...

POLICARPO: A sorte, é que ia passando um homem de bem, que me informou aonde o safado se encontrava. Estava tomando joroba na barraca dos Cunés. Parti pra lá, já de orelha quente.

MARIANA: Sim, Policarpo, prossiga.

POLICARPO: Cheguei ao bar e não foi muito difícil identificar o homem, pois o mesmo tinha acabado de desenterrar um defunto e estava com barro até no pau da venta. O bafo de cachaça misturado com a catinga de sovaco e de chulé mudava o cheiro daquele ambiente.

MARIANA: Policarpo, ver se não encomprida muito a estória e conta o que aconteceu. Como está o nosso terreno lá no campo santo?

POLICARPO: Pior que xereca de doida, Mariana. Escondida, cheia de bagulho e desarrumada. O coveiro me falou que pra enterrar alguém ali vai dar muito trabalho. Pois não tem espaço para abrir a cova nem retirar a terra, e que o caixão só passa entre as catacumbas, se for de banda.

MARIANA: Cruz, credo! Mas não se preocupe não, Policarpo, pois o nosso vereador esteve aqui e me informou que ainda hoje vai haver uma votação lá na câmara para aprovarem a construção de um novo cemitério na nossa cidade. E aí fica tudo resolvido. E tem mais, quem sabe se seu Popó, não entra para estória como o primeiro a ser sepultado no novo cemitério?

POLICARPO: É mesmo, Mariana! E que hora vai começar esta bendita reunião?

MARIANA: Daqui a pouco. E vai ser transmitida, ao vivo, pelo rádio.

POLICARPO: Então liga logo esse troço, que eu já estou ficando nervoso.

MARIANA: Que nada, Poicarpo! Eu vou assistir a esta sessão, pessoalmente.

POLICARPO: E eu vou acompanhar você, meu bem.


Enquanto isso, seu Popó aproxima-se de Mariana ...

SEU POPÓ: O que vocês tanto cochicham, Mariana?

MARIANA: É que a reunião da Câmara de Vereadores vai ser transmitida pelo rádio, seu Popó. E não é bom para o senhor ouvir este tipo de programa.

POLICARPO: É..., meu pai, este programa dá muita confusão e não é bom para o seu estado de saúde, ouvir essas imbuanças. Além do mais, o médico falou que o senhor não pode sentir emoções muito fortes, pois corre o risco de sentir um ataque do coração e morrer.

SEU POPÓ: Que estória ... Depois que a equipe do Programa Saúde da Família esteve aqui e me orientou o que eu deveria tomar de remédio e qual seria a minha alimentação ideal, eu melhorei bastante. O sal é que vinha me matando.

POLICARPO: O senhor é que sabe. Depois não diga que não lhe avisei.

SEU POPÓ: Fique calmo Policarpo. Sei o que estou fazendo.

MARIANA: Deixem de conversa fiada, que a sessão está quase começando. Até logo!

Após a saída de Policarpo e Mariana, Seu Popó se apossa de um pequeno rádio portátil, na hora exata do início do programa, e passa a ouvi-lo, distraidamente.

SEGUNDO CENÁRIO: Câmara de Vereadores
(SUGESTÃO PARA A DIREÇÃO: Utilização de bonecos, simbolizando os vereadores).
CHICO BORRALHO: Senhores vereadores, povo em geral. Apresento, neste momento, o Projeto de Lei, que se houver consenso da maioria, trará um benefício enorme a nossa comunidade. A proposta se propõe a criação de um novo cemitério em nossa cidade. O município doaria um terreno e a empresa construiria a obra. Esta ofereceria, em contrapartida, lotes para o município, beneficiando uma parcela da população carente e desenterrada. Com a palavra o primeiro vereador inscrito, Antônio Carlos Fanfarrão.

VEREADOR ANTÔNIO CARLOS FANFARRÃO: Colegas vereadores, ouvintes da rádio Papai Raimundo. Antes mesmo de ler o conteúdo deste projeto já me posiciono contrário a sua aprovação, pois não acredito em nenhum projeto neste país que seja saudável para o nosso povo. Muito antes pelo contrário, sou contra. Sou contra, porque não foi aberta licitação pública. Sou contra porque não foi realizado um estudo profundo dessa obra e sou contra, porque sou contra.

VEREADOR MANÉ JOSÉ: Um aparte, senhor presidente.

CHICO BORRALHO: Aparte concedido, vereador Mané José.

VEREADOR MANÉ JOSÉ: O nobre colega se esquece, que este assunto já passou por esta casa e que o mesmo foi discutido e aprovado no pleito passado, quando o terreno foi adquirido pela prefeitura? Este projeto foi objeto de estudo do ponto de vista social, econômico e sanitário, portanto há um equívoco de sua parte, Sua Excelência.

VEREADOR ANTÔNIO CARLOS FANFARRÃO: Não existe equívoco da minha parte, vereador Mané José. Estes estudos só visam beneficiar as partes envolvidas, que não é a minha. E eu, como homem público, sou favorável as coisas transparentes. E se a política não mudou até hoje, eu que já estive em todos os lados, em todas as frentes e em todas as retaguardas, acho que aí pode existir maracutáia.

VEREADOR MANÉ JOSÉ: O nobre colega não pode julgar as pessoas baseado apenas na história corruptiva de nosso país. Pois, se apenas este ponto for valorizado, suas palavras irão ferir os brios de outros políticos, envolvidos na área sepulcral e na face oculta e obscura da cemiterialidade local, vereador Fanfarrão.

VEREADOR ANTÔNIO CARLOS FANFARRÃO: Sua Excelência deveria utilizar as suas palavras com mais seriedade e com mais clareza, pois dessa forma só servirão para confundir ainda mais a cabeça do povo. Eu chamaria o senhor de gozador da humanidade, senhor Mané José.

VEREADOR MANÉ JOSÉ: Antônio Carlos Fanfarrão, o povo, realmente, está confuso. Mas é sem saber aonde irá se enterrar, um dia, pois a religiosidade dele não permite, que seja comido por urubus ou outras aves de rapina. O povo está querendo é urgência nas nossas decisões. O povo está querendo não é retaliação política, nem saber quem já roubou ou quem vai roubar. O povo quer é ação política séria e com resultados.

CHICO BORRALHO: Calma, companheiros! Vamos deixar as imbuanças, as eguanças e as esculhambanças de lado e vamos para a apreciação dos demais, pois o tempo passa e o assunto é urgente. Vamos suspender a sessão por dez minutos, para um cafezinho.

Enquanto os vereadores discutem a decisão final do projeto, Seu Popó, ouvindo o seu pequeno rádio de pilhas, pensa em voz alta, com ar de espanto, em seu domicílio.


SEU POPÓ: É!... Realmente, Várzea Alegre tende a se perpetuar como a eterna terra dos contrastes. Pois, enquanto alguns querem a construção de um novo cemitério para enterrar os seus mortos, outros preferem ficar desenterrando defuntos. Danou-se!...

Fim.

Peço desculpa aos leitores pelo texto mais alongado, mas como o Dr. Rolim abordou a temática “cemiteriana” e “vereadorana” em uma de suas postagens, decidi fazer esta no estilo teatro de rua.

20 comentários:

  1. Dr. Savio.

    Todo varzealegrense devia lê este texto. Varzea-Alegre é uma cidade que apesar dos vai e vem cresceu diverasmente dos anos 80 em diante. O cemiterio continuou o mesmo, sem espaço e sem a menor condição de atender a demanda. Precisa com urgencia resolver esse grave problema. Conclamo o Claudio Sousa, como representante da cultura local a providenciar uma apresentação teatral com o seu belo escrito. O Blog entra nessa. Parabens. Muito bom o texto. Aborda um serio problema de nossa comunidade.

    Abraços.

    A. Morais

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  2. Dr. Savio.

    Parabens por sua prodigiosa capacidade e criatividade. Vereador é assim mesmo, um pra lá outro pra cá, nunca se sabe em nome de quem fala, nem sempre é no deles mesmo. No inicio do seculo passado o Coronel Antonio Correia perguntou a Dudal: pra que serve VERADOR, e até hoje escuto vovô Morais dizer que tambem não sabe. Brincadeira a parte porque o assunto é serio. Parabens pelo texto.

    Abraços.

    JP

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  3. Dr. Savio.

    Não sei se é verdade, tenho informações que o cemiterio atual de Varzea-Alegre não é administrado pelo poder publico e sim pela igreja. Se assim for o poder publico tem que intervir e fazer a sua parte, aumentando o espaço, desapropriando areas proximas, e assumindo de vez a administração. A igreja não pode e nem deve se envolver nestes problemas, não é sua atribuiçao. Há informações, não sei se veridicas, que o proprio padre fez campanhas arrecadatorias para construir uma capela na sepultura de familia amiga. aí não vai. O espaço é pequeno, mas que existem construções suntuosas existem sim. Assunto carente de breve solução.

    Parabens.

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  4. Amigo Morais,

    Segundo consta nos anais das calçadas e bares da vida, as duas facções políticas da cidade tentaram resolver esse problema, mas o assunto morria na hora da decisão final. O medo reinante em cada ala impedia uma ação mais coletiva. Quando um segmento tentava erguer a causa, um outro desenterava defuntos e impedia um desfecho favorável.

    Fonte: Jornal Boca-à-boca.

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  5. João Pedro,

    Segundo o dito popular existe VEREADOR e VIRIADOR. E o interessante é que temos de chamá-los, um a um, de Sua Excelência.

    Um abraço.

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  6. Thays,

    Eu não sei como funciona a administração desse espaço na nossa cidade. Espero a opinião de alguém que entenda do assunto. Aguardemos alguma opinião.

    Um abraço.

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  7. É meu caro Savio:o nome do municícipio poderia ser fictício mas já sabiamos que se tratava do cemiterio de V Alegre.
    Veriador e viriador sabe que defunto não vota por isto tamanho interesse.

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  8. Dr. Savio.

    Creio, acredito e confio, que um dia, faremos a apresentação de sua preciosa peça teatral - Teatro de Rua - O Contraste.

    Escolher o local e a data deverá ser o primeiro passo. Atores é o que não vai faltar.

    Eu estou bem caricaturado de seu Popó. O mundim pela sua Brandura daria um otimo Policarpo. Fafá por ser muito consenciosa seria uma otima Mariana. Claudio Sousa pelo seu empreendedorismo daria um otimo vereador Mané Jose. Dr. Rolim simboliza o calmo e prudente vereador Chico Borralho. Já o Geovane Costa seria o vereador Antonio Carlos Fanfarrão. Assim a sua excelente peça teatral apresentada com a sua direção geral faria muita gente rir.

    Abraços.

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  9. BELA POSTAGEM DR; EXCELENTE IDÉIA MORAIS ... OLHA EU NUNCA ASSISTI O PROGRMA. MAS COMO ESTÃO BRINCADO COM COISA SERIA EU DIRIA QUE ESTAR UMA ZORRA TOTAL

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  10. Luiz Lisboa,

    Observo como você tem paciência. Ler uma peça teatral em um blog mostra que você gosta e possui o hábito da leitura.

    Um grande abraço.

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  11. Morais,

    Você demonstra ser um grande empreendedor. Já organizou o elenco e o diretor da peça. Gostei dos atores.

    Saudações.

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  12. Cláudio Sousa,

    Você gosta mesmo de Cultura. Quando fiz esta postagem achei que poucos teriam paciência para lê-la. Organizemos a peça.

    Um abraço.

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  13. Quando decido ler alguma coisa primeiro vejo quem escreveu e segundo quem publicou. Portanto, li o texto, por ele levar o nome de um grande escritor e publicado em um blog que conta a história do nosso povo que é sempre engraçada. Bem, só para feito de informação local, faleceu hoje em nossa cidade, Várzea Alegre a última filha de Emídio das Charnecas, protagonista de muitas histórias interessantes, envolvendo a medicina popular. Dr. Sávio conhece muitas dessas histórias. Mas, a verdade é que a cidade cresceu e terá sim, cedo ou tarde, que se fazer alguma coisa no que se refere a serviços funerários. A peça está pronta e é só encontrar um bom diretor para dirigir. E não vai ser por falta de atores da terra que ela ficará no papel. Parabéns, poeta, contista, cordelista, romancista e dramaturgo Dr. Sávio Pinheiro.

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  14. Prezados amigos.

    O texto do Dr. Savio é coisa seria. Permitam-me contar esta historia real, verdadeira e assistida.

    Há alguns meses fui ao Cemiterio Nossa Senhora da Piedade, em Crato, assistir o enterro de um amigo, e, ainda parente proximo, um sobrinho. O que vi: Um luxuoso tumulo, coberto de marmore, granito, seis depositos, letreiros em peças douradas identificando os já sepultados e uma grade de ferro guardada por um cadeado cuja chave estava na casa do mais afurtunado, daquele que pagou por tudo e que por essa razão se acha mais dono do que os outros. A luxuria se contrastava com a simplicidade da sepultura ao lado - no barro. Constramgedor foi a demora que encontrassem a dona da chave, o defunto exposta a espera de sua boa vontade. O pior é saber que ainda chamam isto de tumulo da familia, e, que eu pertencendo a mesma poderia ser vitima tambem, até que chegou um corajoso e com uma marreta quebrou o cadeado e deu acesso. Dizem que gerou caso de policia. Dali sair e fui adquirir um plano funerario onde as residencias eternas não farão inveja umass as outras. Fui ao Anjo da Guarda e lá tenho a minha residencia, igualsinha as demais, nem mais bonita nem mais feia. Igual, simplismente igual.

    A. MORAIS

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  15. Prezado Francisco Gonçalves.

    Na composição dos atores quero fazer uma pequena modificação. Voce será o Popó e eu passo a ser o sacristão, pois tenho gostado de tomar umas e outas, especialmente quando no Sanharol estou.

    Quanto ao Emidio devo-lhe a vida. Depois de padecer por 6 mezes de doença sem cura, tratado por Dr. Lemos, meu pai pediu a tio Luiz André umas tabuas que ele tinha para fazer o meu caixão. Tio Luis pediu para me levar na Charneca. O meu pai permitiu e assim foi feito. Uma porção de azeite doce numa folha de momona receitada por Emidio me curou a dor. Entendam como queiram, mas foi Emidio quem me Salvou. Devo-lhe essa gratidão. Por Emidio mudaram até o mapa do municipio de Varzea-Alegre. Depois explico.
    Abraços.

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  16. Sávio,eu devia era ter fIcado calado em ralação ao o assunto,campo santo,você vai ver uma coisa render mexer com cemitério.Vão terminando vestindo eu e tu de coveiro

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  17. Sávio
    Este texto marcou minha gestão como diretora da EEFM José Correia Lima, pois nesta época tínhamos um grupo de teatro empolgadíssimo e a escola se destacou em 1º lugar no festival regional na cidade do Icó. Graças a sua criatividade e competência. Os alunos que participaram na ocasião estão hoje se destacando também na vida. Que bom recordar! O personagem que representou seu Popó passou foi tempo incorporado no velhinho.... VALEEEEEEEEEUUUU!
    Tereza Régia

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  18. CEMITÉRIO NÃO, MAIS QUASE R$ 200,000 MIL REAIS PARA FAZER O CARNAVAL HEIM !? ISSO TEM , FALAMOS TANTO DE DR JOÃOZINHO E AGORA NESSES ULTIMOS DOIS ANOS DE ADMINISTRAÇÃO O FILME SE REPETE DO MESMO JEITO, SO MUDA OS PERSONAGENS.

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  19. Muito bom o texto e melhor ainda será a peça.
    logo no início da leitura, eu notei que o texto era um paralelo de uma situação, acontecida na nossa cidade. O poeta escritor Sávio tem essa capacidade.
    Parabéns pelo belo trabalho.

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  20. O BLOG DO SANHAROL apresenta:
    O CONTRASTE
    DIREÇÃO - SÁVIO PINHEIRO
    ELENCO
    - SEU POPÓ - MORAIS
    - BRANDURA - MUNDIM DO VALE
    - MARIANA - FAFÁ BITU
    - MANÉ JOSÉ - CLÁUDIO SOUSA
    - CHICO BORRALHO - DR. ROLIM
    - FANFARRÃO GEOVANI COSTA
    APOIO CULTURAL - RÁDIO CULTURA DE VÁRZEA ALEGRE/ SECRETARIA DE CULTURA
    LOCAL E DATA A SEREM COMBINADOS.

    Fafá Bitu

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