Em Junho de 1970, já com um ano de namoro, cheguei á casa da Nair, a Rua Cel João de Pinho 860, Crato – e, não a encontrei. Estava na Faculdade de Ciências Econômicas com uma turma fazendo um trabalho.
Aproveitei da liberdade que já gozava naqueles dias e fiquei remexendo suas coisas. Encontrei um disco de vinil com a indefectível palavra escrita pelo seu próprio punho: foi como li: Ademar.
O ciúme subiu a cabeça, retirei o disco da capa, quebrei e escondi os cacos na lixeira. Alguns dias depois descobri o meu erro, meu grande erro, não era nada de Ademar, era sim “Adamo”, Salvatore Adamo e a musica “C’EST MA VIE”, a mais bela de todas as musicas que já conheci. 52 anos depois a revelação da bobagem, pois Ademar era um ex-namorado, devolvo, desta feita no Blog do Sanharol, onde não haverá quem possa quebrá-lo.
E o vovô fala que a vovó é que era ciumenta.
ResponderExcluirJoão Pedro.
Vovô impossivel. Confundir Ademar com Adamo. Era muito ciume mesmo. Estava cego.
ResponderExcluirThays Mamedio.
Isso se chama, Thais, cegueira de tanto ciúme.Achei lindo o texto, a música então, é belíssima, bem típico do romantismo da época.Abraço Fafá
ResponderExcluirJoão Pedro e Thays.
ResponderExcluirEscarafunchar o passado nunca ajudou a ninguem. Eu tinha noticias que um tal Ademar tinha tido uma queda de asa, no passado, por sua avó, esse o motivo da confusão. O disco foi quem pagou.
Fafá Bitu.
ResponderExcluirInexoravelmente o tempo passa, se esvai e não volta nunca mais, mas não é capaz de apagar ou desfazer as bobagens que cometemos, embora as sirvam de lições e evitadas no futuro.
De qualquer forma, Morais, você se retratou e fez uma linda homenagem a Nair... É isso que vale, a prova de um grande amor.
ResponderExcluirAbraço aos dois,
Claude (Flor da Serra verde)
Mas, perdão, a culpa foi de Nair.
ResponderExcluirTivesse ela escrito o nome do cara em francês, seria Adamô. Aí tu, na tua apressada ciumeira, talvez lesse "ai, amor", "com amor", "a ti, amor". Como vês, a culpa é sempre da mulher.
Morais
ResponderExcluirSão nesses particularidades que se encontra nossas principais convergências. Seu texto foi tão belo o quanto a música. Quando falas do sentimento mais puro da alma humana, não há quem não concorde contigo. Digo, há quem não concorde sim, aquele que nunca amou na vida. Ser amado não é preciso, mas amar é preciso.
"Esta é a minha vida!"
Ah meu amigo Blog do Sanharol, a gente faz cada besteira por ciúme e no seu caso por um grande amor. Parabéns a Nair que ganhou um bom marido e juntos tem uma família maravilhosa. Acho muito bonito você contar porque tem homem que rói de ciúme mas não assume sua fragilidade. Fico te admirando mais ainda. Abraço Fafá
ResponderExcluirFrancisco, quem nunca amou não sabe viver, concorda?
ResponderExcluirFafá
Não adiantava, Zé Nilton, o moço estava cego de ciúme. Tive pena do disco do Adamo, risos
ResponderExcluirFafá Bitu
Bota ciúme nisso, Fafá. Ele bem o disse: era os anos setenta. Quanto deslumbramento de nós, jovens à época. Eu com os meus vinte anos e ele, bem, um pouquinho a mais. Os amores fossem ou não "clandestinos" padeciam da mesma paixão. O fogo da história abrasava a nossa alma naqueles anos de chumbo, mas de muito amor pela amada, pela pátria, pela vida.
ResponderExcluirBonito, Morais!
eram ...
ResponderExcluirMorais,
ResponderExcluirParabéns pela postagem, pela música e pela sua coragem. A confissão numa situação vexatória dessa é ato de bravura.
Um abraço.
É MORAIS EU TAMBÉM JÁ ANDEI QUEBRANDO CD; E ERA MEU E NÃO TINHA NOME DE NINGUÉM KKKKK
ResponderExcluirFafá.
ResponderExcluirQuem nunca amou não sabe realmente viver simplesmente porque nunca viveu. Viver é amar!
Prezados Zenilton, Claude Bloc, Francisco, Savio Pinheiro e Claudio Sousa.
ResponderExcluirEra um disco com apenas duas musicas, de um lado C'est Ma Vie e do outro F. Come Femme. O pior é que dias depois quando eu cheguei ela me serviu uma torta e enquanto eu degustava ela ligou a radiola de pilhas e procurou o disco e encontrou apenas a capa. Gritou com a domestica: Zulene, voce andou mexendo em meus discos? E a coitada se desculpando e eu com a cara mais lisa. Agora em Dezembro completam 40 anos, o crime já prescreveu.
Zé Nilton, ainda era do tempo do compacto simples, rs Ah como lembro de F....COMME FEMME! M...de Mulher. Essa mulher da música foi malvada, rs Bons tempos aqueles,
ResponderExcluirFafá