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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 17 de julho de 2022

Pedro II, tradutor de mais de 3000 Livros e Poemas - Postagem do Antônio Morais.

Durante toda sua vida, o Imperador voltou-se especialmente para o aprendizado de idiomas; estudou grego, latim, ingleês, franceês, italiano, provencial, alemão, tupi, guarani, hebraico, sânscrito, árabe.

Seu talento para tradução foi descoberto por seus netos Dom Luiz e Dom Pedro em 1889, que publicaram um livro de traduções e poesias de Dom Pedro II; encontra-se, além de suas poesias, as traduções de poemas de Victor Hugo, Leconte de Lisle, Félix Anvers, Henry Longfellow, John Whittier, Alessandro Manzoni, entre outros, num total de 2176 poemas; traduções de duas canções, dois cantos do Inferno da Divina Comédia e sete cantos religiosos.

Como a maioria dos intelectuais brasileiros do período, Pedro II tinha o francês como a língua de literatura e cultura. Isso se expressa na quantidade de poemas cuja tradução se deu a partir do francês.

Foi também o primeiro a traduzir “Mil e uma noites” diretamente do Árabe para o Português. Também se dedicou por 4 anos a tradução da Obra “Odisséia” de Homero do Grego para o Francês e Português.

Dom Pedro não traduzia com o objetivo de fama literária, nem mesmo com a ambicão de publicar livros. Traduzia por prazer, para treinar o conhecimento e a fluência nos vários idiomas que cultivava.

Embora sua atividade tradutória esteja inserida em um contexto mais pessoal do que político, as traduções que D. Pedro realizou a partir do hebraico adquiriram relevância perante historiadores da cultura judaica que reverenciam a atuação do imperador na preservação da memória do povo judeu. 

Um comentário:

  1. É muito triste ver governantes analfabetos como os picaretas da república atual "glamourizando a ignorância" e sendo aplaudidos por um povo igualmente ignorante.

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