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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 15 de março de 2011

O Advento da comunicação de massa - Almério Carvalho

Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet, e-mails, telefones celulares e outros equipamentos que nos parecem, na maior parte do tempo, absolutamente indispensáveis. É curioso pensar que essas tecnologias, e ainda outras como radio e televisão, embora profundamente esvaziadas em nossas praticas individuais e coletivas são aquisições recentissimas na historia da humanidade. O interesse cada vez maior pela tecnologia é um dos traços da modernidade que se organiza com o fim da idade media, substituindo o apego pela tradição por uma importância cada vez maior á razão e a ciência.

Essa modernidade vai sendo construída ao longo dos seculos seguintes, instalando a racionalismo e a cultura ocidental, como bases para legitimar a ideia da aliança entre tecnologia e progresso. O interesse por meios eletronicos de comunicação está diretamente associado as telecomunicações por ondas que remontam o seculo XIX. Uma serie de experimentos e inventores se sucedeu de forma tão dinâmica em varias partes do mundo que é inconsistente qualquer cronologia fechada sobre o assunto.

No século seguinte, a partir dos anos 1920, há um desmembramento de determinadas experiências na comunicação por onda, que vão dando origem à radiofusão. Os Estados Unidos se destacaram rapidamente no uso do radio. Em 1920, surgiu a primeira estaca, que foi seguida por outras e o numero de ouvintes foi crescendo vertiginosamente. No Brasil, a primeira transmissão oficial e publica de radio ocorreu no Rio de Janeiro como parte da exposição do centenário da Independência de 1922. Na ocasião foram transmitida por radio, o discurso de Epitacio Pessoa, Presidente da Republica, e a opera Guarany, de Carlos Gomes. Nos anos seguintes, o radio expandiu-se cada vez mais e em 1950, era um objeto de consumo presente em praticamente todos os lares brasileiros. Os aparelhos de radio e, anos depois, os de televisão tornaram-se itens de consumo imprescindiveis estabelecendo uma relação de cumplicidade e afeto com o publico.

Almerio Carvalho

Um comentário:

  1. O Cronista Almerio Carvalho é um dos maiores conhecedores da historia do jornalismo e do radio no Brasil.

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