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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Festa que não é só para inglês ver – por Thaís Pinheiro (d’ O Estado de S.Paulo)




Dois bilhões de telespectadores são esperados para o casamento do Príncipe William
De reis, rainhas, príncipes e princesas, nessas bandas de cá do Atlântico, só temos recordações. Mas não é que o enlace de um integrante da família real britânica tem ganhado também por aqui todos os holofotes? Aqui e em todo o mundo.

Desde que o príncipe William, primogênito do príncipe Charles e da princesa Diana, anunciou seu noivado com Kate Middleton, em novembro do ano passado, teve início uma corrida contra o tempo para mostrar quem é esse casal, como os noivos se conheceram, de onde vêm, para onde vão e tudo mais que lhes diz respeito.


A cerimônia, marcada para o próximo dia 29, em Londres, deve ser acompanhada por 2 bilhões de pessoas pela televisão, de acordo com estimativa do governo do Reino Unido. Para se ter ideia da grandiosidade da coisa, o funeral da princesa Diana foi visto por 2,5 bilhões de pessoas. Dessa vez, cerca de 8 mil jornalistas e todo o aparato da imprensa mundial estarão a postos para acompanhar o "sim" dos noivos, com câmeras, microfones, máquinas fotográficas e satélites.

Seja para se inspirar ou apenas para ficar babando, o telespectador brasileiro terá várias opções para assistir a todos os detalhes. Às 5 horas do dia 29, CNN International, CNN En Español, Globo News, Record News, GNT e E! dão a largada para o grande evento. A RedeTV! entra na transmissão a partir das 7 horas, enquanto a Globo vai usar o espaço do Bom Dia Brasil para mostrar o casório, acompanhando tudo desde a chegada dos convidados e da família real à Abadia de Westminster, a cerimônia e o trajeto dos noivos em carruagem até o Palácio de Buckingham.

Dentro de seus jornalísticos ou dos programas de entretenimento, os outros canais, como SBT, Band, Band News, Cultura e Gazeta, entre outros, também acompanham todo o burburinho na terra da Rainha Elizabeth.
(Publicado no jornal Estado de S.Paulo)

Um comentário:

  1. O que será que motiva mais de 2 bilhões (repita-se: bilhões) de pessoas terem tanto interesse pelas Famílias Reais?

    Difícil definir ...Talvez a tradição secular de comportamento dessas famílias.

    Dizem que “quem foi rei sempre será majestade”.
    A Família Imperial brasileira é um atestado disso. A postura digna e nobre desses príncipes – pessoas pobres, vivendo à custa de seu próprio trabalho, educados, leais, coerentes entre o que pregam e vivem – interage com uma concepção de vida longe da vulgaridade e mediocridade que predomina na decadente sociedade atual...

    Nas Famílias Reais, filhos, netos e bisnetos aprendem desde a mais tenra infância (com a história dos seus antecedentes) o ofício de representar o Estado (nunca o governo, este é sempre transitório), de conciliar, moderar e catalisar. As dinastias são produtos da História, sedimentadas pelos séculos.
    E sendo produtos da História a existência de Famílias Reais independe de eventuais sucessos ou insucessos, de continuarem reinando ou de terem sido afastadas do centro gravitacional das nações pelos golpes de estado.
    Talvez resida nisso o interesse que levarão dois bilhões de pessoas a acompanhar pela televisão o casamento do príncipe William com Kate Middleton...

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