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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 20 de maio de 2011

463 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Joaquim Alves Bitu, filho de Antônio Alves Feitosa Bitu e Madalena do Serrote. Casado com Nenen filha de José de Pedrinho do Sanharol, morou nos sítios Serrote e Sanharol por muito tempo. Depois, se estabeleceu no comercio com uma mercearia no centro de Várzea-Alegre.

Certa feita, foi procurado por Abdias que lhe ofereceu um milho. Joaquim se interessou, mas Abdias adiantou: eu lhe vendo o milho, mas tem um "porém". Joaquim Bitu imaginou ser o pagamento a vista, no ato, e, respondeu não haverá problema, eu pago sua mercadoria a vista.

Abdias então,  esclareceu: o problema não é esse, é que eu só vendo o milho pra entregar na minha balança.

Joaquim Bitu respondeu: Agora são dois "porém" por que eu só compro se for para receber na minha.



6 comentários:

  1. Cobra engolindo cobra. A balança que prestasse contas com o Divino.

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  2. Meu eterno padrinho, pessoa a quem eu queria muito bem. Sempre visita sua mercearia com vista a explorar esses tipos de proezas e se deleitar com grandes risadas. Fomos criados junto no querido Sanharol, nossas casas eram vizinhas, existia uma verdadeira amizade recíproca, pois além de ser meu padrinho era primo legítimo do meu pai Raimundo Bitu de Brito.
    Ele sempre me protegeu por ocasião das suras dado pela velha Cotinha. Quando criança eu gostava de aprontar e na verdade a velha não alisava e ele me protegia como prova de ser um grande aliado ao seu afilhado. Que Deus o tenha no bom lugar, pois é merecedor, exemplo de um cidadão batalhador, que em função de suas negociações teve grandes prejuízos, mas com a força de vontade e coragem venceu os obstáculos e se tornou um grande comerciante Varzealegrese.

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  3. Prezado João Bitu.

    O seu padrinho Joaquim Bitu tinha um tino comercial tão grande que com uma mercearia fez fortuna em nossa terra.

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  4. Certa vez chegou um cliente e começou a dizer alguns desaforos com meu padrinho Joaquim Bitu. Estava na mercearia Raimundo Meneses e Pedrinho Bitu , seu irmão e outro . O cliente se estendeu muito com suas mágoas e sempre procurando desafiar, meu padrinho na dele sem replicar, somente ouvindo os desaforos.
    Raimundo Meneses, grande amigo, disse: e ai Joaquim!!!!, Não vai dizer nada??? Vai engolir tudo isso e ficar calado????, Meu padrinho com toda diplomacia responde: Raimundo olhe aqui para o meu bolso da calça, desde quando ele começou a falar que o cotoco esta responde dando o seu testemunho e o que ele merece.

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  5. 🤣🤣🤣🤣🤣🤣
    Essas balanças de antigamente no interior, cada uma tinha a sua unidade de peso.
    Em algumas o Quilo pesava 950 gramas, em outras era 900 gramas, ou até menos!
    O interessante era que todos sabiam!
    Velhos e bons tempos! 😬

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  6. Joaquim Bitu montou o seu comércio, um tanto humilde, em relação ao de Raimundo Silvino, que já se estabelecera há tempos e tinha muitos fregueses.
    Um certo dia chegou uma pessoa na porta de sua mercearia e indagou: aqui é que é a bodega de Raimundo Silvino? Joaquim Bitú, pensando tratar-se de uma boa venda, respondeu: é sim. O freguês novato titubeou na conversa e foi dizendo, pai disse que mandasse....antes de terminar a proposta, Raimundo Bitú complementou: Raimundo Silvino fica mais na frente...

    Obs: Essa quem contou foi seu filho, conhecido por Grosso.

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