No mundo encantado da poesia os passarinhos falam e todas as suas palavras se tornam verso e todos os seus versos viram canção. Assim é com os Blancs, os Vinicius, os Angenores e outros da mesma fauna, como Chico, pássaros de asas coloridas e bicos afinados que falavam e cantavam, que falam e cantam. De Chico, as Luizas, Ritas e Carolinas provaram seu cantar e foram tema de sua prosódia. Sua coragem e destemor ganharam o céu, o sol, o sul e o norte e viraram manchete de jornais e notícias de TV. Foi não foi, sua palavra se encontrava com a tesoura de uma certa Solange, obrigando-o a deixar de ser sabiá para ser 'passarim' desconhecido, de ser Chico pra ser Julinho. Escapou de alçapões, badoques e gaiolas e passou a escrever livros. No mundo encantado da poesia tudo é possível aos passarinhos, até calar por uns tempos e apenas escrever livros. Sou do tempo em que os passarinhos falavam, cantavam. Sou do tempo em que os passarinhos escrevem romances. Sou do tempo de Chicos e Franciscos.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Parabens Xico Bizerra.
ResponderExcluirPelo seu tempo, pelo tempo que só a poesia é capaz de realizar.
Abraços.
E olha que tem Chico ou Francisco que sabia driblar muito bem a tal tesoureira com um tal de "Cálice" de vinho tinto de sangue!
ResponderExcluirMuito bom o seu texto, Xico.