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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 19 de julho de 2011

CONFRONTO RIMADO - Parte 02/07 - Por Vicente Almeida

CONTINUAÇÃO

Nos dias 23 a 28 de abril de 2010, sobre as páginas deste Blog, desabou um dilúvio de rimas e poetas, conhecidos e desconhecidos. Foram momentos marcantes, de muita alegria e descontração...

Voltamos para lhe apresentar a segunda parte do traçado.

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E vamos continuar
Nosso confronto rimado
Que se deu no Sanharol
Em abril do ano passado
Se não viu, que veja agora
A continuação da história
Neste Blog registrado.


Resposta do Mundim do Vale - Desafiando - 12:55

Valei-me Nossa Senhora
A briga tá esquentando,
Já tão até me botando
Num cavalo sem espora.
Tou vendo chegar a hora
De me botar na cocheira,
Mas não passa de besteira
Da mais pura esparrela.
Eu vou montado na cela
E os outros vão na esteira.

Mundim do Vale - Respondendo ao Flávio Cavalcante - 13:54

É verdade Cavalcante
Foi você quem cutucou,
Mas também participou
Com seu verso relevante.
Eu só acho extravagante
O cabra que puxa briga
Entrar dentro da intriga
Com a língua bem afiada,
Depois correr na estrada
Vexado feito a bexiga.

A. Morais – Se desculpando - 14:09

Nesse confronto rimado
Idéia do Dr. Flavin
Eu já entrei derrotado
Quem disse foi o Mundim
Mas, os poetas presentes
No comando do Vicente
Começaram o protestar
E por isso peço arrego
Reconheço que meu erro
Foi não esperar terminar.

Vicente Almeida – Replicando o Mundim - 14:15

Tu vais montado na sela
Os outros vão não esteira
Rimando essa brincadeira
Não vá cair do cavalo
Tem gente até de Sun Palo
Esporeia esse alazão
Que corre feito um trovão
E já tô vendo mais gente
Querendo rimar pra frente
Minino, é Israel com a caneta na mão.

A.Morais – Procurando apoio – 14:26

Onde anda o Israel,
O João Bitu onde anda
E o grande Paulo Viana,
Poetas de vocação,
Cheguem pra perto da lida
Mas, prestem bem atenção
Já estou lhes avisando
Que Mundim virou Mundão
No desafio cantando
Vence até o Lampião.

Elmano Rodrigues Pinheiro – Entrando no confronto - 15:23

O Mundim não está brincando
Nesse confronto de rima
Partindo logo pra cima
A todos desafiando
Foi uma chuva sem fim
Criando até euforia
Num grande show de alegria
Desafiando o Mundim.

Sávio Pinheiro – Botando lenha na fogueira - 15:55

Eu estou nesse momento
Trabalhando em Caipu
Próximo a Iguatu
Procurando o meu sustento
Ativei o meu pensamento
Ao ligar o computador
Tive grande dissabor
Por não está nessa peleja
Portanto, quero que veja
Como sou trabalhador.

O Mundim é um ativista
Que não fez a prevenção
Daí, tê-lo em minha mão,
Pois também sou urologista.
Vou dar a primeira pista
Para ele meditar
Seu caso vou estudar
Mas peço pra não ter medo
Vou usar somente um dedo
No toque que eu vou lhe dar.

Caro poeta Vicente
Você veio pra somar
Chegou para executar
Um debate inteligente.
Você sendo um expoente
Pegue com jeito o Mundim.
Acenda o seu estopim
E lhe mande pro espaço,
Pois se eu for pegar no laço
Ele nunca terá fim.

Mundim do Vale – Se exaltando - 16:04

Chegou aqui um Pinheiro
Que nem é Sávio e nem Glória,
Esse sabe da história
E conhece o meu roteiro.
Sabe que sou o primeiro
E não fico pra segundo,
Meu desafio é profundo
Porque tenho a linha reta.
Vocês respeitem o poeta
Da terra de São Raimundo.

JOÃO BASTOS BITU – Entrando - 16:29

Para o seu amigo João Bitu
Pode fechar a porteira
Dispute com Dr. Sávio
Que é poeta de primeira
Eu fico mesmo de fora
Na chuva e na poeira.

Flávio Cavalcante - Comentando - 16:32

A briga tá perigosa
Já tá é me dando medo
Pois falam em meter o dedo
na cavidade espinhosa
Vou logo é tirando o time
Pois médico não advoga
e pra preservar o boga
Melhor é pedir "clemença"
Pois pra cuidar de doença
O doutor não dialoga

Morais – Advertindo Sávio - 17:29

Amigo Savio Pinheiro
É bom que olhe ligeiro
O lugar onde andas tu
Pois aí em Caipu
E pras banda do Iguatu
Cabra tem que andar legal
Pois aí é o recanto
Do coronel Né do Canto
E do filho Mario Leal.

Mundim do Vale – Desafiando 18:58 – Já é noite

chegou outro Pinheiro
Mas esse é muito imoral
Se encontra num hospital
Tomando o nosso dinheiro
Esse nosso companheiro
Não rima mais assim tanto
Seu verso não tem encanto
Porque é medo com dedo
Só pra esconder o segredo
Do que falta noutro canto.

klebia Fiuza – De Além mar entrando- 19:05

Como sou atrevida
Vou invadir o mundo das feras
Mesmo sem saber nem o que é MÉTRICA
Rima ou oração
Vou dar minha opinião
São todos grandes poetas
Lá do meu torrão
Que usam o seu letrado
E falam ao coração.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Beijos recheados da brejeira
Pedindo desculpas por tamanha besteira...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sávio Pinheiro – Respondendo ao Flávio - 19:16

Dr. Flávio é prevenido
Nisso, ele, tem razão,
Mas fugir na contramão
Dá o mote de atrevido
Tem um blog divertido
Onde a irreverência voga
Esse doutor me advoga
E eu faço sua prevenção
Porém falo de antemão
Não lhe estragarei a toga.

Mundim do Vale – Explicando fechar a porteira – 19:21

Eu falei fechar porteira
Para quem vem lá atrás
Igual ao primo Morais
E ao Dr. Sávio Teixeira
Falei como brincadeira
Porque não faço divisa
Sei que também não precisa
Mas dou minha opinião
Você tem toda razão
Claude é boa poetisa.

Flávio Cavalcante – Advertindo os colaboradores - 20:06

Essa briga tá confusa
E agora foi distante
Parece até levante
Instigou Klébia Fiúza
Da longínqua terra lusa
Nos mandou o seu recado
È bom respeitarmos ela
Pois tá perto de Cabral
E pode nos fazer mal
Mandando mais Caravela.

Vicente Almeida – Advertindo Mundim - 20:21

A ameaça é muito séria
Mundim você se previna
Já falaram nessa rima
Em teu monossílabo mexer
Acho bom tu se esconder
Pois o Sávio é um demônio
Vai deixar você tristonho
Não desfalque nossa trinca
Te esconde naquele poço
Pois ele tem dedo grosso
E com doutor não se brinca.

FIM DA SEGUNDA PARTE

Volte outra hora prezado
Para ver mais um pouquinho
Do cutucão do Mundinho
Neste vespeiro aloprado
De poetas e poetisas
Rimando ao sabor das brisas
Deste blog abençoado.

19/09/2011

4 comentários:

  1. Vicente.

    Mais uma bela postagem. A poesia domina um ambiente saudavel e bem humorado.

    Valeu.

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  2. Sou um grande admirador da poesia de cordel, indico um livro do Geraldo Amacio "de repente cantoria" que é muito bom, ele conta um pouco da história das cantorias no sertão nordestino.....Parabenizo os poetas do blog pela peleja....Continuem a rima, pois estamos aqui pra ri dos confrontos .rsrsr

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  3. Meu presado Vicente, eu não sou poetisa não, mas deixo um abraço apertado para todos os poetas, de Maria de Fatima Gibão.

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  4. É...

    Fátima:

    Qualquer pessoa é poeta, principalmente na adolescencia.

    Aqueles versos que você fez escondida e nunca quiz mostrar. A hora é esta, mostra agora! Abré a tampa do teu baú de velhas recordações! Vai... mostra!

    No princípio, com 13 anos, quando despertei para o amor, meus versos eram mais ou menos assim:

    Subi no pé de manga
    Para ver o meu amor
    Não vi, desci.

    Hoje é diferente:

    Não chego a um astro como Mundim do Vale, Dr. Sávio e Claude Bloc, mas, estou no rastro deles. Um dia chego lá!

    Vicente Almeida

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