Manhã de chuva, vento forte, frio
Fumaça gris minha janela embaça!
faces carrancudas, por trás da vidraça,
Natura morta, d'ave nenhum pio.
Cá dentro, da ventura num desvio
A vida pára, o tempo já não passa,
O manto depressivo me enlaça
Num ambiente torvo me entedio.
Mas ouço alguem tocar a companhia
E para imensa alegria minha
És tu que estás a porta! E agora?
No céu, vejo bailando nuvens d'algodão
Aves em revoada, voam, vem e vão,
E como é lindo o sol d'ouro lá fora.
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