E assim foi o destroço
daquele povo ordeiroQue só fazia rezar
Trabalhar o dia inteiro
Que só puderam viver
Até meu Padim morrer
E proteger os romeiros
Quando o rico fazendeiro
Que a pobreza explorava
Se juntou como falso ao padre
Que só dinheiro buscava
Foi destruida a cidade
E o sonho de liberdade
Que nosso sertão criava
Foi uma dura lição
Pro povo pobre aprender
Que não é só de santo e reza
Que ele vai se valer
Alem de muita união
Trabalho e organização
Coragem pra se defender
Morreu o Beato José Lourenço
No ano Quarenta e seis
Cercado de sua gente
Mostrou o caminho a vocês
Pobres do meu sertão
Só lhes resta a união
Na luta do camponês.
Quando forem a Juazeiro
Não deixem de visitar
o Tumulo desse Beato
Que em vida soube lutar
Num exemplo de justiça
Seu viver socialista
O povo deve imitar
E quando o sertão tiver
A união conseguido
Do camponês explorado
Sem terra e desassistido
Padre Cicero Sorrirá
E pro Beato dirá
Nosso exemplo foi seguido.
Fim.
Quem leu o cordel do Jose Normando Rodrigues conheceu um pouco da historia da comunidade do Caldeirão.
ResponderExcluirMilhares de pessoas foram eliminadas cruelmente.
Se o Padre Cicero deixa a propriedade para o Beato e sua gente nada disso teria acontecido.
Deixou para os Salesianos, os padres retomaram na marra e macularam a historia para sempre.