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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 17 de abril de 2012

Histórias do Sanharol 082 - Por Antonio Morais

Joaquim Inácio da Costa, na década de 40 do século passado, viajou a Salvador para fazer uma cirurgia  nos olhos. Viagem  sacrificada. De Várzea-Alegre ao Cedro lombo de animais, de Cedro a Campina Grande trem e, daí por diante em carros de linha. 

Entre o tratamento anti-operatório e a cirurgia passaram-se muitos dias, meses até. Um dia José André  passava pelo Correio local e Manuel Bezerra  perguntou se ele podia levar uma carta do Joaquim Inácio para entregar a sua esposa Isabel no sitio Canto. 

Quando José André chegou ao Sanharol entregou a missiva  ao José de Ana, irmão da Isabel para ir  deixar  em mãos. José de Ana entregou a carta a destinatária e, ninguém sabia ler.  Mandaram chamar uma pessoa  do sitio Serrote para fazer a leitura. 

Antes que chegasse a consultora,  José de Ana, pegou a carta, e olhando o envelope por fora, ainda fechado,  disse: Isabel, bem aqui está escrito: Isabel dê 15 litros de arroz a José.

Isabel mandou  Antônio Inácio subir  a escada do paiol, colocar o arroz num saco e entregar para Tibola.  

Zé de Ana, Tibola ou seu Izé como era conhecido era aperreadinho.

4 comentários:

  1. Lendo a historia de nossa família não entendo como foram distribuído as heranças. Vemos os mesmos irmãos, uns abastados e outros sem nada.

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  2. Morais,Manoel Bezerra era casado com Lili filha de Adélia.Era um casal maravilhoso.

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  3. Danubio.

    É muito importante quando fazemos uma postagem quem surgem comentários sobre o tema. Além de agregar valor a postagem, trata de oferecer credibilidade a historia. Manuel Bezerra trabalhou por muitos anos nos Correios. Era um homem admirado e querido pelos varzealegrenses.

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  4. Com certeza no percurso do Sanharol até o local de destino da Carta ele deve ter levado o seu eterno companheiro, o bodoque e meteu bala em todos os jumentos e cachorros que o encontrou. Grande figura gostava de pegar no couro da barriga do sujeito sobre pressão de dois dedos para dar um currulepe. Era um cidadão muito querido por todos os amigos e membros da família e tinha também seu lado de humor.

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