Quando os poetas se encontram fazem aquela festa. Deixam qualquer ambiente por, mais ranzinsa que seja, alegre e bem humorado. José Pequeno foi um dos maiores poetas de nossa terra. Raimundo Sousa, do sitio Varzinha, cunhado do José Pequeno tinha uma porca muito ladrona, nada detinha, cerca, canga, cambão, tamanca. Vivia a dar prejuízos aos vizinhos, as queixas eram constantes. Raimundo encontrou um bom preço e vendeu a porca para alivio dos amigos.
José Pequeno conversava com os cunhados Raimundo de Sousa e Alencar e, sabendo do alto valor da venda disse:
Dar um bom verso. Vamos fazer? Eu digo a primeira parte,Raimundo a segunda e Alencar concluiu. Assim se deu a tragedia:
José Pequeno:
Vendeu a porca por 30 cruzeiros.
Raimundo de Sousa:
Fiquei muito satisfeito porque peguei no dinheiro.
Alencar terminou o poema dizendo:
Vendeu até a canga.
Alencar não sabia rimar, mas soube avaliar bem o preço da porca. Vendeu até a canga - Muito bom.
ResponderExcluirMorais sempre procurando resgatar a nossa cultura envolver nomes de personagens, que realmente deixaram histórias em nossa cidade. Alencar, casado com Barbinha, tinha como profissão o serviço braçal e desumano da Agricultura e em suas horas vagas fazia cadeira de couro cru. Quando ainda criança em suas passagens indo para feira com sua esposa, meu pai comprou uma cadeirinha para mim, motivo de grande alegria e satisfação por ter recebido esse tão valioso presente do meu pai. Alencar era um cidadão muito alegre e divertindo, não existia tempo ruim para o casal, sempre sorrindo e com aquele gesto de cidadania e apreço para com os seus amigos e clientes na compra de suas cadeiras.
ResponderExcluirExistia na época um versinho feito, se não me salvo a memória por Tauzinho de Raimundo Tété:
Alencar e Barbinha
Foi um passeio no Icó
Barbinha perdeu a Calça
E Alencar o paletó