Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 12 de junho de 2012

Um tiquim de saudade - Dalinha Catunda


UM TIQUIM DE SAUDADE.

Essa saudade que sinto
Parece espinho de palma
De manhã me fura o peito
De tarde me tira a calma
De noite é pelo encravado
Coçando dentro da alma

Hélio Crisanto

SAUDADE DE POETA

Esta saudade que sentes,
É coisa só de poeta
Que o espinho espeta
E vai deixando sementes,
Vai encantando ambientes
Com este teu versejar
D’um jeito bem singular
Que toca meu coração,
Só sendo lá do sertão
Quem assim sabe cantar!

Dalinha Catunda

2 comentários:

  1. A SAUDADE

    Testemunha de fatos consumados
    Solidária companheira dos ausentes
    Por princípio sobrevive do passado
    Por desígnio alheia no presente

    Ela é uma dor pungente
    é uma dor doedeira
    uma dor judiadeira
    judia demais da gente

    Ela chega sorrateira
    nunca chega de repente
    se finge de curandeira
    e arrocha como a serpente

    É uma dor hospedeira
    de sentimentos mofados
    das andaaaaanças do passado
    e do passado recente

    De vez em quando imprudente
    cruza com a felicidade
    pois esta tal de SAUDADE
    só quem foi feliz que sente

    ResponderExcluir