O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quarta-feira que "avaliará" as novas denúncias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre corrupções denunciadas em 2005 e pelas quais 25 políticos e empresários foram condenados à prisão.
"Temos que analisar o assunto em profundidade e decidir se cabe uma investigação", declarou Gurgel sobre as denúncias formuladas pelo publicitário Marcos Valério, um dos 25 réus condenados no julgamento do mensalão, que foi concluído na segunda-feira. No processo, que foi aberto por conta de um escândalo de financiamento ilegal de campanhas e de subornos de parlamentares, foram condenados grandes líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), entre eles alguns mais íntimos de Lula, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
Marcos Valério, condenado a 40 anos de prisão por seu envolvimento no caso, se apresentou voluntariamente perante a Procuradoria em setembro e afirmou que Lula, que não figurou entre os acusados, não só "sabia" de todo o esquema, mas "aprovou" e até obteve "benefícios pessoais".
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), reiterou nesta quarta-feira sua posição favorável à investigação de denúncias que envolvem diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
ResponderExcluirNegando haver uma "campanha difamatória" contra Lula, Guerra criticou a mobilização da militância petista para evitar a apuração de denúncias envolvendo o ex-presidente. "O Brasil não é a República da Rosemary", afirmou em nota, citando a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, investigada pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal.