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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

LEMBRANÇAS DO COLÉGIO ESTADUAL WILSON GONÇALVES - POR ANTONIO MORAIS.



Dedicado aos ex-colegas José Flavio, Cesário Cruz, Antônio Primo e Nonato Paraíba.


Quando vejo ou escuto um professor reclamando das traquinagens, peraltices e estripulias dos alunos de hoje, não tenho nenhuma surpresa ou admiração. O nobre e preclaro professor está longe  de ter conhecido a turma de 1969 a 1971 do Colégio Estadual Wilson Gonçalves, em Crato.

Ali sim, não se sabia quem era mais levado da brega. Para não melindrar filhos e netos, não vou falar da maioria. Porém, não posso deixar de lembrar do Anário, este colega que nunca se afastou dos amigos do cariri, e, sempre provocou encontros, de modo que aquele ambiente de fraternidade do colégio não tivesse fim. Em nossa ultima reunião, ele chegou no local do encontro com uma hora de atraso. Chegou com seu jeitão manso, alegre, já com a esposa do quinto casamento e se abancou. 

Com um riso nos lábios, gesto característico, contou-nos uma ocorrência dos tempos do colégio acontecida com a nossa professora de biologia. Estou vendendo a historia pelo mesmo  preço que ele me passou, não acrescentei nem subtrair nada.

Todos conhecem o trajeto entre Colégio Diocesano e o Estadual. Chegava-se a Praça da Sé e seguia-se pela Rua Cel Antônio Luiz até a Faculdade de Filosofia, da Faculdade o colégio ficava há um passo. Toda aquela área era mata virgem.

Porém, Anário conhecia um atalho, uma vereda pelo antigo "Campo do Esporte" que encurtava, em muito,  a distancia. Informou para a professora de biologia que caiu na besteira de acreditar e segui-lo. 

Saíram os dois, Anário à frente seguido pela professora. Determinado lugar tinha "uma feze enorme", atravessando o caminho, o Anário a denominou, em sua narrativa, de "cagaião". 

O Anario pensou: aviso a professora, não aviso! Aviso, não aviso! Na duvida, lembrou-se, então, que a professora lhe dera um três na última prova. Decidiu por não avisar, seguiu em frente. Quando olhou pra traz a professora estava atolada na matéria. Resultado tiveram que voltar em casa, mudar as vestes, os calçados e fazer o roteiro conhecido. 

Nesse dia, graças as astucias do Anário, não houve aula de biologia para nossa turma.

2 comentários:

  1. CANTANDO CORAÇÃO DE LUTO, DE TEIXEIRINHA, E ADEUS MINHA MÃE, DO SAUDOSO JOSÉ AUGUSTO ALAGOANO, EU COMECEI A CONQUISTAR OS AMIGOS DO CRATO, NO AUDITÓRIO DESSE COLÉGIO. SIM, O ANO, 1973... SERÁ QUE ALGUÉM LEMBRA DO JOÃO DINO CANTANDO NESSE AUDITÓRIO E TOCANDO VIOLÃO?

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  2. Morais, era sempre assim espirituoso o nosso querido colega Anário. Tenho certeza que, no Céu, Deus guardou um lugar especial, pois ele merece.

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