Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 4 de junho de 2013

Medindo o vento - por Merval Pereira, O Globo


Essa confusão na base aliada, que só fez recrudescer nas últimas duas semanas, vai continuar até que se tenha definição do quadro econômico. O que está agitando muito a base é a formação de palanques e acordos estaduais para a eleição de 2014.

Como a presidente Dilma antecipou muito a campanha eleitoral, problemas que só apareceriam ano que vem começaram a aparecer agora, com a companhia desagradável de problemas econômicos: PIB que não cresce, inflação precisando de controle e déficit recorde da balança comercial.

Então, todo mundo está querendo saber para que lado o vento soprará; os partidos para tomarem posição que possa lhes garantir a continuidade no poder, e a presidente Dilma para que possa contar com os apoios políticos de que precisa para a reeleição, sem ter que fazer concessões, que não é do seu estilo.

A inflação já está afetando sua popularidade, não em caráter definitivo, mas mostrando que tem potencial para atrapalhar os planos, caso não seja controlada. Está todo mundo inquieto, querendo interpretar as nuvens da política.

Se a oposição entrar em 2014 com chances de interromper a sequência do PT no poder, de nada adiantará ter base formal de 80% do Congresso, que tudo irá pelos ares.

No fundo, no fundo, essa base aliada não é do governo, muito menos do PT. É de conveniência, inclusive o PMDB. E não será surpresa se o PMDB voltar a se dividir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário