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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

As trocas do Chico Piau - Por Antonio Morais

Continuando  com a historia do rádio contada na postagem anterior, o  pobre homem  resolveu aventurar-se numa troca. 

Propôs trocar o radio numa espingarda. Chico   falou que já tinha trocado a  espingarda  numa bicicleta. O Homem propôs trocar na bicicleta  Chico argumentou já ter trocado num relógio. O homem propôs trocar no relógio, Chico disse que havia  trocado numa égua que a égua morreu.  Finalmente o homem desistiu e foi embora.

Dona Heloina, a mãe do Chico disse: Vije Maria como tu troca Chico, e, ele  com um riso apertado entre um lábio e outro arrematou: Mãe, trocar era quando eu era menino.

Um comentário:

  1. Estávamos eu, o meu pai, Chico Piau e Dona Heloina, a mãe do Chico, sentados na calçada da casa da rua Luiz Afonso Diniz quando chegou um rapaz do sitio Capão com um radio enorme na cabeça para devolvê-lo.

    O moço estava virado num siri, pois havia comprado o radio para ouvir a programação da Radio Cultura e, não conseguia sintonizar. Com esse argumento se achava no direito sagrado de devolver o radio e receber a quantia paga.

    Alegadas as razões Chico respondeu para o suplicante: Quando este radio foi feito ainda não existia a radio Cultura, portanto o defeito não é do radio. Não aceito a devolução.

    Porém, devolveu a importância correspondente a negociação.

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