Raquel de Queiroz escreveu na ultima pagina da Revista o Cruzeiro, há dezenas de anos, sobre as diferenças de comportamentos do povo de região para região.
Falava que enquanto dois grandes empresários paulistas viajavam do Brasil aos Estados Unidos, sentados em poltronas vizinhas sem um bom dia de um para outro, o nordestino que mudava-se de um bairro para outro da cidade, ao chegar na nova morada, antes mesmo de começar a descer a mudança os futuros vizinhos já serviam um bule com café e bolo de milho. Solidariedade e hospitalidade.
Lembrei desta historia porque outro dia viajei de São Paulo a Juazeiro do Norte, com escala Brasília e Recife.
De São Paulo a Brasília muitos ternos, silêncio profundo, leituras de revistas, nada de diálogos ou conversas. De Brasília a Recife já se ouvia algum burburinho, alguns passageiros a trocar ideias.
Do Recife a Juazeiro do Norte virou feira livre. Ouvia-se de um lado para o outro: Ei baitola veio veado, como foi a viagem, conseguiu comprar tudo que pretendia?
Nada "fio de uma égua veia", o tempo passou rápido, tenho que voltar mês que entra outra vez. Mas, com uma viagem boa dessas, sem poeira, cruva nem catabi, agente tem mais é que aproveitar.
Nada "fio de uma égua veia", o tempo passou rápido, tenho que voltar mês que entra outra vez. Mas, com uma viagem boa dessas, sem poeira, cruva nem catabi, agente tem mais é que aproveitar.
Quanto maior for a influencia do econômico e do material, maior o isolamento e indiferença.
ResponderExcluirNo final o mesmo fim: Aqui Jaz.
Morais:
ResponderExcluirDe dois em dois meses passo por experiência igual. Viajo para Belo Horizonte via Brasília. De BH à capital da República (ainda acho que a capital do Brasil é o rio de Janeiro) é todo mundo sisudo, lendo jornais sem olhar para o vizinho. De Brasília para Juazeiro o voo vira uma conversa generalizada que vai desde o "Valha-me meu Padim Ciço", até comentários sobre a roubalheira dos políticos...