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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 8 de setembro de 2013

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

GALOPE  PELO  SERTÃO.

Não canto galope, lá na capital.
Pois não tem a matéria, que tem no sertão,
Na roça eu tenho a boa visão,
Pra ver a beleza, do poder divinal.
Meu cavalo é do mato, não anda no litoral.
Tem areia demais, ele pode atolar
No sertão é melhor, pra nós galopar.
Se eu encontrar, o Sávio Pinheiro
Eu vou lhe ensinar, a seguir meu roteiro
CANTANDO  GALOPE, DISTANTE  DO  MAR.

Só canto galope, aqui no sertão.
Passando no Chico, eu afino a viola
De lá vou pro Canto, tomar coca-cola
Esporo a cavalo, vou pro Caldeirão.
Num banco de angico, eu canto um mourão
Depois do mourão, eu vou paquerar,
Que poeta também, tem direito de amar.
Mas se o padre achar, que foi um pecado
Eu deixo o namoro e sáio vexado
CANTANDO  GALOPE, DISTANTE  DO  MAR.

Eu celo o cavalo, quando baixa o sol
Galopando e rimando Vou ao o Inharé,
Passo lá no Giovani, tomo um café com Bebé
Me dispeço dos dois, vou pro Sanharol.
Com o amigo Renato, eu tomo uma Skol
Passo no Dr. Meneses, que pede pra eu ficar,
 Mas agradeço ao doutor, Porque preciso chegar
E lá na cidade, vou resolver uma coisa.
Com a voz afiada, açoitar Cláudio Souza
CANTANDO  GALOPE, DISTANTE  DO  MAR.

Nem o Cláudio Souza, Nem o Sávio Pinheiro
Segura a peteca, rimando comigo,
Alí eu respeito, somente um amigo
Que é repentista e bom violeiro
E o amigo se chama, Expedito Pinheiro.
O poeta Expedito, pode até me encarar
Mas Cláudio e o Sávio, não dá pra  empatar.
Quem sabe se um dia, Eles vão aprender
E eu vou ser paciente, pra ensinar o dever,
CANTANDO  GALOPE  DISTANTE  DO  MAR.

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