Está para nascer uma criatura tão humana, caridosa e serva de Deus como José de Pedro André. Na década de 60 do século passado, Caboclo, pai de uma ninhada de 10 filhos foi a sua casa e queixou-se: Seu José, eu vi aqui porque num verão atravessado desses ninguém paga um dia de serviço, e, os meus meninos estão passando fome. Vi pedir um pouco de feijão ao senhor.
José André subiu numa cadeira e retirou da meia parede a última lata de feijão que restava, despejou 8 quilos num saco e entregou ao Caboclo. A minha mãe repreendeu: como é que você tem coragem de fazer uma coisa dessas? Fiz, dividir com os filhos de Caboclo o que tinha para os meus.
Na madrugada do dia seguinte, um xexéu, num vou rasante, cantava o cântico que anunciava a chegada do inverno. Foram três meses seguidos de boas chuvas e a maior safra de feijão da história.
Homem abençoado.
Quando esse xexéu cantava os olhos do meu pai brilhavam de alegria. Vou voltar com os causos da terra.
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