Sérgio Machado não gravou apenas Romero Jucá. O ex-presidente da Transpetro na era PT registrou também áudios de Renan Calheiros e José Sarney.
Nestes dois casos os registros foram feitos em conversas privadas que Machado teve com cada um dos dois, separadamente.
Quem teve acesso aos áudios diz que o que foi revelado hoje em relação a Jucá "não é nada" comparado ao que Renan e Sarney disseram.
As gravações foram feitas no âmbito da delação premiada que Sérgio Machado está negociando com a Procuradoria-Geral da República desde março. O acordo com a PGR foi selado na semana passada.
Na delação, Machado gravou apenas três políticos: o responsável pela sua indicação para a Transpetro Renan Calheiros, Sarney e Jucá. Mas comprometeu outros senadores do PMDB. São eles Jáder Barbalho e Edison Lobão.
Eduardo Cunha, Aécio Neves, José Dirceu e Lula não aparecem nos depoimentos dados por Machado.
A delação de Machado está na mesa do ministro Teori Zavascki, esperando homologação.
A notícia de que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado negocia com o Ministério Público Federal um acordo de delação premiada fez nascer em Renan Calheiros e José Sarney, os dois principais caciques do PMDB, um novo tipo de medo. Ambos passaram a sofrer de “mimfobia”. Têm medo de si mesmos. Há quem diga que o Sergio Machado está a serviço do PT, fez o trabalho por encomenda. Quem conhece o Sergio sabe que ele é capaz de qualquer papel ordinário.
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