Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cavalhada e vaquejada, o esporte predileto de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais


Dedicado aos Doutores  Menezes Filho e Hélder Menezes - Haras Sanharol.

Antes, todo  evento comemorativo do município incluía a cavalhada. Em todos os distritos, sítios e na sede  formavam-se equipes e a disputa era bastante acirrada e divertida.

Com o tempo o gosto pela vaquejada foi sendo disseminado e, hoje em dia, a cidade é dotada de dezenas de parques particulares  onde é praticado o esporte. Os adeptos da vaquejada trabalharam a melhora genética  dos  cavalos e já se pode ver animais amestrado e treinados apresentando bons resultados na derruba do boi.

Peço permissão para falar daquela que com certeza foi a primeira vaquejada de Várzea-Alegre, em meados da década de 60 do século passado. Idealizada e promovido  pelo Dr. Luiz Luciano e  Eliseu Sátiro. Já naquela época  coberta de grande êxito.  

O parque  foi  construído num terreno de Raimundo Jucá de Brito, Mundoca Jucá localizado  entre as estradas do Sanharol e Roçado Dentro, limitando-se com a antiga Lavanderia Publica e a beneficiadora de arroz de Raimundo Menezes, em frente a casa do ferreiro Manu.

A dupla campeã foi Manuelzinho Aboiador e Raimundo Mossoró, que montavam  os cavalos do agro-pecuarista Chiquinho de Sales do Distrito de Arrojado, Lavras da Mangabeira.

O que causava admiração era uma vaca nelore, batizada por Tamarina doada de presente pelo agropecuarista Teobaldo Francelino de Farias Brito ao senhor Laércio de Freitas. Essa vaca não corria durante a competição, ninguém aceitava, tinha fama de nunca  caí. Depois do certame era motivo de apostas: uns apostavam na vaca e outros nos vaqueiros. 

Ninguém, em dia algum derrubou Tamarina. Numa vaqueja na cidade de Jaguaribe, já propriedade do senhor João Costa Bitu, quando deixou os vaqueiros pra traz, um deles diante do prejuízo tomado com a aposta e com um gesto covarde efetuou dois tiros de revolver na cabeça de Tamarina.  

Assim Tamarina se despediu das vaquejadas, fato que também me levou a perder a predileção que tinha pelo esporte.

Um comentário:

  1. Eliseu Sátiro tinha um cavalo muito famoso e bonito chamado Pombo Roxo, porém, sem nenhum traquejo. Zuza Benicio, vaqueiro afamado, foi o escolhido para correr no referido cavalo. Houve um acidente, o cavalo tropeçou no boi e caiu por sobre Zuza que foi levado para o hospital e demorou muito tempo para se recuperar. Pequeno detalhe para memória.

    ResponderExcluir