A escravidão, a mancha negra da nossa vida de povo civilizado, enquanto a libertação dos escravos é a mais bela pagina da nossa história, representa a libertação do homem.
Os negros apanhados a laço e em armadilhas nas selvas africanas, jogados em porões de navios negreiros e trazidos para o Brasil, onde eram vendidos em praça publica, viviam em senzalas, sujas, exalando um mau cheiro insuportável.
No terreiro da fazendo, o tronco e as correntes prontos para tortura dos escravos que cometiam alguma falta. Depois de acoitados ficavam seminus, presos ao tronco por vários dias, ao sol e a chuva.
As chicotadas cortavam-lhes as carnes e sobre as feridas era jogado sal, mais doloroso que a própria chicotada.
Coube finalmente, em 13 de Maio de 1888 a Princesa Isabel, no comando do governo do Brasil assinar a Lei Áurea declarando extinta a escravidão no Brasil.
Esta preleção inicial me leva a refletir sobre a falta de reconhecimento com a Princesa Isabel pelo seu belo ato pelos favorecidos da nobreza que teve sua decisão.
Louvam-se Saldanha Marinho, Luiz Gama, Silva Jardim, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Quintino Bocaiuva, José do Patrocínio, Castro Alves e tantos mais, pessoas que pareciam está mais com o olho na república do que na abolição. E, o pior, os negros, os grandes beneficiados com a lei são os que menos gratidão têm pela decisão corajosa e emanada da Princesa Isabel.
Na última consulta popular sobre regime de governo foram os negros quem mais se manifestaram contra a monarquia, esqueceram que uma das causas da queda do império foi o gesto generoso e humanitário da Princesa Isabel pondo fim a escravatura.
Grandes astros negros da televisão se transformação em peças publicitárias em favor da Republica. Parece até, que de propósito entenderam que a Monarquia era a patrocinadora da escravidão e não quem lhe deu fim.
Morais:
ResponderExcluirSua crônica é uma manifestação de gratidão, coisa rara nestes tristes dias de hoje. Permita-me acrescentar mais os comentários abaixo.
I
ResponderExcluirNa última estrofe do soneto “Terra do Brasil”, autoria de Dom Pedro II, este, já antevendo sua próxima morte, escreveu:
“E entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da história!”
Dir-se-ia que essa antevisão do o magnânimo Imperador, é extensiva a sua filha, a Princesa Isabel.
II
ResponderExcluirSim, a Justiça de Deus também se voltou para a figura da Princesa Isabel. Ela é muito mais do que uma grande heroína da nossa história. A Princesa Isabel poderá ser declarada (num futuro próximo) mais uma Santa da Igreja Católica. Já se encontra com o arcebispo do Rio, cardeal Dom Orani João Tempesta, o pedido de abertura de processo no Vaticano visando à beatificação da Princesa Isabel do Brasil, a Redentora da raça negra. O que é o primeiro passo para sua santificação.
III
ResponderExcluirO processo não se baseia apenas na decisiva participação da Princesa Isabel na Abolição da Escravatura — que ela iniciou em 1871, com a Lei do Ventre Livre, e terminou com a Lei Áurea, de 1888, o que por si só justificaria o pedido de beatificação dela —, mas pela sua intensa vida religiosa e fé integral. A Família Imperial Brasileira era conhecida como “A Família Real mais católica no mundo de então”. A Princesa Isabel criou filhos e netos no catolicismo no Brasil, primeiro, e no exílio, depois — aliás, os Orleans e Bragança mantêm até hoje inquebrantável fé.
IV
ResponderExcluirO Brasil muito deve aos 49 anos do Segundo Reinado, que contou com diversas regências da princesa, herdeira do trono brasileiro, que viveu na França por 33 anos com o coração voltado para a pátria. E jamais reclamou da forma com que se deu a mudança do regime e, especialmente, a maneira com que a Família Imperial foi embarcada para o exílio, sem o conhecimento do povo, que amava o Imperador.
V
ResponderExcluirAté hoje, em largas faixas da população, a princesa no Brasil e condessa na França é lembrada com o título de ‘Mãe dos Brasileiros’. Que a igreja, sempre criteriosa nesses casos, faça da grande brasileira a cristã beata, uma vez que fundamentos não faltam. Um belo legado de bondade, simplicidade e correção, em que nunca faltou a fé.
Precisa acrescentar mais alguma coisa?
Houve um processo abolicionista e quando libertos os negros não foram integrados a sociedade. Os negros foram largados à própria sorte. Sem querer causar polêmica, mas imediatamente após a abolição os negros, a margem da sociedade, sofreram rejeição e discriminação. Nos dias atuais isso ainda acontece. A lei que garantiu a liberdade não garantiu a vida integrada a sociedade.
ResponderExcluirSe isso ocorreu não foi culpa da Família Imperial. A Princesa Isabel tinha até um plano de doação de terras para os negros libertos. Mas os golpistas republicanos meses depois "proclamaram" a República e expulsaram a Família Imperial e deixaram os ex-escravos abandonados à própria sorte...
ResponderExcluirExistem hoje diversas obras de historiadores mostrando que os novos detentores do poder - os golpistas republicanos - aproveitaram o descontentamento dos proprietários rurais com a abolição da escravatura para atraí-los ao golpe militar de 15 de novembro de 1889...
ResponderExcluirO que existe na verdade são políticos sebosos e espertos que criam até leis de aparente proteção das diversas etnias para tirarem proveito das mesmas. E, tem dado certo, elas caem direitinho na conversa mole dos aproveitadores pilantras.
ResponderExcluirO Brasil, a política, os pilantras e seus golpes.
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