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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Dom Pedro II promoveu o desenvolvimento do Brasil – por Leopoldo Bibiano Xavier (*)

Foi nas mãos de D. Pedro II que o Brasil saiu apto a enfrentar as dificuldades políticas do continente e do século: pacificado e unificado pelo Imperador, o Brasil se impôs ao respeito internacional, disseminou a instrução, consolidou a linha de suas fronteiras, estabilizou a moeda, bateu-se vitoriosamente nas guerras que lhe foram impostas, tratou de igual para igual as maiores potências, não reconheceu hegemonias no hemisfério, construiu a terceira esquadra do mundo.

Apoiado em dois grandes partidos nacionais, praticou o parlamentarismo. Criou uma elite intelectual, moral, social e política, foi um fecundíssimo viveiro de valores humanos, insuflou as nossas maiores riquezas econômicas, aparelhou a indústria, construiu uma enorme rede de comunicações rodoviárias e ferroviárias, ligou-nos à Europa pelo cabo telegráfico, o telefone, a tração a vapor, impulsionou as ciências e as letras, conheceu aquilo que Cícero preconizava como a suprema ventura dos povos: o gozo tranquilo da liberdade.

Em 1874, o irlandês Hamilton Lindsay-Bucknall veio ao Brasil com a equipe encarregada de instalar o primeiro cabo submarino no País. Posteriormente escreveu um livro narrando a sua viagem, no qual encontramos as seguintes referências:

“Logo depois da amarração da extremidade do cabo submarino à terra, foram recebidas mensagens congratulatórias transmitidas ao Imperador pelos governadores do Pará, Pernambuco e Bahia. Os telegramas para o Imperador me foram confiados para entrega. Ao chegar ao palácio, fui conduzido sem cerimônia à presença de Sua Majestade Imperial. [...] O conteúdo dos telegramas pareceu satisfazê-lo muito e, a seu pedido, sentei-me ao seu lado. Fez-me então muitas perguntas sobre o cabo, a respeito do qual parecia estar profundamente interessado. [...] Prontamente verifiquei o acerto dos que o diziam um dos mais inteligentes e altamente dotados dos soberanos reinantes. Permaneci em sua companhia por algum tempo, durante o qual nossa conversa convergiu para diversos tópicos. Senti -me tomado de profundo respeito por aquele sábio homem que rege os destinos de um dos mais admiráveis impérios do mundo”.

(*)  Artigo escrito pelo Sr. Leopoldo Bibiano Xavier e publicado na edição de número 38 do boletim “Herdeiros do Porvir”, de  julho, agosto e setembro de 2014.
             

4 comentários:

  1. O Brasil de Dom Pedro II era outro. Ali a honestidade, caráter e honradez nasciam do berço. Andavam de mãos dadas.

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  2. -- I --
    É isso aí Morais.
    Fiz esta postagem para lembrar que no próximo dia 26 de março de 2017 completam-se 141 anos da partida de Dom Pedro II para uma viagem aos Estados Unidos da América (EUA) e para a Europa.

    Nos Estados Unidos nosso Imperador foi tão bem recebido pela população norte-americana, que o jornal “North American” escreveu:” Nenhum governante, de nenhum país, tanto como homem quanto como governante, jamais teve tantos méritos diante dos Estados Unidos quanto Dom Pedro II”.

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  3. -- II --
    Dom Pedro II percorreu 15.000 quilômetros dentro dos Estados Unidos. Tão grande era a admiração dos americanos pelo nosso imperador, que nas eleições presidenciais de 1877 (há 140 anos) ele recebeu só na Filadélfia, mais de 4.000 votos espontâneos!

    140 anos já se passaram daquele viagem... “e os contrastes entre o “Brasil-Império” e o “Brasil-república” só têm crescido! No tempo da Monarquia havia estabilidade política, administrativa e econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgão da administração pública e em todas as camadas da população; havia credibilidade do País no exterior; havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia”.

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  4. -- III --
    Hoje vivemos o Brasil da Lava Jato, da roubalheira generalizada, da instabilidade na política, da violência nas cidades e até nos campos, com a invasões planejadas por agitadores profissionais, arregimentados pela “petralha”; do Brasil das escolas “ocupadas” por estudantes que não estudam e fazem dessas ocupações artificiais dos educandários públicos um local para bacanais e uso de maconha (com o apoio dissimulado dos dirigentes dessas escolas); do Brasil sem saúde pública, sem segurança pública, do ensino público em frangalhos... o Brasil das propinas (basta lembrar que NUMA ÚNICA PROPINA, Eike Batista pagou 15 milhões e 500 mil DÓLARES (mais de 50 milhões de reais) ao ex-governador Sérgio Cabral...

    É o caos desta uma república ilegítima (não seria um castigo?) proclamada através de um golpe militar, sem participação do povo.

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