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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 5 de agosto de 2017

Alckmin combina com Tasso escolha do presidenciável do PSDB até dezembro - Por Josias de Souza.


Em conversa com o governador paulista Geraldo Alckmin, o senador Tasso Jereissati comprometeu-se a apressar o processo de escolha do presidenciável que representará o PSDB na sucessão de 2018. Combinaram que o nome deve ser definido até dezembro. Satisfeito com o acerto, Alckmin avalizou a permanência de Tasso como presidente interino do partido até o final do ano.

Licenciado do comando do PSDB há 70 dias, desde que foi abalroado pela delação de Joesley Batista, da JBS, Aécio Neves fez um apelo a Tasso para que esticasse sua interinidade. Antes de responder, Tasso tocou o telefone para Alckmin. Obteve a concordância do governador. Depois, impôs uma condição a Aécio: não toleraria duplo comando. A exigência foi aceita, pelo menos no gogó.

Aécio disputava a candidatura com Alckmin. Mas virou mero estorvo depois que foi asfixiado por nove inquéritos criminais no Supremo Tribunal Federal. Menos enroscado na Lava Jato, o governador de São Paulo enxerga na interinidade de Tasso uma oportunidade para obter o que Aécio lhe sonegava. Interessa a Alckmin entrar em 2018 com o crachá de candidato, pois a lei o obriga a organizar a entrega das chaves do Palácio dos Bandeirantes para o vice Márcio França (PSB) até o início de abril.

Em privado, os principais pajés do tucanato avaliam que Alckmin vai se consolidando como uma candidatura incontornável para o PSDB. Ironicamente, o único personagem que poderia fazer-lhe sombra é o prefeito paulistano João Doria, sua cria política. Mas dissemina-se no partido a impressão de que Doria não se animará a transformar suas manifestações sinuosas sobre 2018 numa batalha contra seu padrinho político.

Na pesquisa presidencial mais recente, divulgada pelo Datafolha no último mês de junho, Alckmin amealhou um modestíssimo quarto lugar (8%). Ficou na rabeira de Lula (30%), Jair Bolsonaro (16%) e Marina Silva (15%). Num cenário com Doria, o candidato do PSDB obteria hoje 10% das intenções de voto. Resta saber se uma eventual melhoria do índice do prefeito não lhe subirá à cabeça até dezembro.

Um comentário:

  1. Tasso Jereissati acaba de convocar uma reunião da executiva nacional do PSDB na próxima quarta-feira 9, às 10h30, na sede do partido. A pauta é a convocação do congresso nacional da legenda e das convenções partidárias para realização de eleições "em todos os níveis".
    Será definido o calendário eleitoral e a revisão do programa e do estatuto.

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