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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 6 de agosto de 2017

DATAS QUE FIZERAM HISTORIA - AOS VARZEALEGRENSES - Postagem do Antonio Morais


1.718.
Chega em Várzea-Alegre o alferes Bernardo Duarte Pinheiro. Aquilo tudo, por ali, era mata virgem, um entranhado de sabiá, jurema, catingueira, mofumbo, juazeiro e outros pés de pau. Iniciava-se o que depois veio a ser povoado, vila e cidade.

1.788.
Casaram-se Raimundo Duarte Bezerra, papai Raimundo e Teresa Maria de Jesus. Desse casal descende grande parte da população do município.

1.823.
Morre Maria Teresa de Jesus, mulher de fé fervorosa e devota de São Raimundo. Tombou morta ao receber a noticia do nascimento de seu primeiro netinho, pegá-lo nos braços e dar um retumbante viva a São Raimundo.

09 de Fevereiro de 1.832.
Várzea Alegre pertencia a Lavras da Mangabeira, houve rigoroso inverno e, as tropas de Pinto Madeira e do padre "Benze Cacetes" se encontram com as tropas legalistas do Governo do Estado José Mariano de Albuquerque Cavalcante, na região do sítio Periperi, deixando mais de 200 mortos e muitos presos, inclusive Pinto Madeira.

1.852.
Se ordena o Padre José Pontes Pereira, filho de família do Assaré. Radicando-se em Várzea-Alegre sendo o primeiro capelão do povoado.

02 de fevereiro de 1856.
É inaugurada a primeira capela de Várzea-Alegre pelo Padre Manuel Caetano.

11 de Maio de 1859.
Morre Padre José Pontes Pereira de cólera, doença até então incurável.

30 de Novembro de 1863.
Criação da Paroquia de São Raimundo Nonato, pela lei 1076 emanada de Dom Antônio dos Santos primeiro bispo do Ceara. Padre Benedito de Sousa Rego foi o primeiro padre.

10 de Outubro de 1870.
A lei provincial cria o município de Várzea-Alegre desmembrado-o de Lavras da Mangabeira.


1787 a 1883 assumi a paroquia de São Raimundo padre José Alves Bezerra o único filho de Várzea-Alegre a ser vigário  da paroquia em todos os tempos. Os demais eram de outras localidades.

14 De Junho de 1910.
Nasceu no Sítio Lagoa dos Órfãos, no Sopé da Serra dos Cavalos Padre Antônio Batista Vieira, uma de nossas maiores inteligências.

24 de Outubro de 1911 - O coronel Antônio Correia prefeito do município representa Várzea-Alegre na reunião denominada Pacto de Juazeiro. Movimento liderado por Padre Cicero para fortalecer a região.

21 de Novembro de 1912.
Nascia em Várzea-Alegre o Jornalista Joaquim Correia Ferreira.

1915.
Se forma em medicina, pela universidade da Bahia o primeiro filho de Várzea-Alegre Dr. Leandro Correia.,

05 de Novembro de 1922.
Padre José Alves de Lima casa Maria Firmino e Bil além de mais 21 casais.

11 de Março de 1926.
Maria Firmino é assassinada pelo marido.

10 de novembro de 1926.
Conflito armado entre os aliados de Antônio Correia e grupos políticos de oposição, que durou cerca de quatro horas, fato conhecido como "A Guerra de 26". O prefeito era Coronel José Correia Lima, eleito pelo voto popular.


1928.
Padre José Ferreira Lobo inicia os trabalhos de demolição da igreja edificada em 1904 e inicia a construção do atual templo.

20 de maio de 1931.
O então Governo Provisório Manuel Fernandes Távora assina o decreto 193 extinguindo o Município de Várzea Alegre e anexando-o ao município de Cedro, tal medida seria para humilhar os "Correias".

04 de Dezembro de 1933.
O município é restaurado pelo decreto 1.156 de 1933.

08 de Dezembro de 1936.
Se forma em medicina o segundo filho de Várzea-Alegre Dr. José Correia Ferreira.

20 de Janeiro de 1957.
É construída por José Alves de Oliveira, Zé Pretinho, uma capela onde Maria Firmino foi assassinada por Bil.

04 de Outubro de l971.
Falece o Jornalista Joaquim Correia Ferreira.

15 de abril de 1977.
Numa noite de chuva, a torre da matriz de São Raimundo desabou, causando comoção aos devotos e católicos de nossa cidade, tornando-se um dos fatos mais marcantes na memória do nosso povo.

02 de dezembro de 1997.
Várzea Alegre foi surpreendida com o primeiro assalto a banco em nossa cidade, deixando a cidade em pânico e assustada. O episódio teve um final desastroso, na fuga os bandidos mataram o gerente do Banco do Brasil Manoel Daniel da Silva, a mando do bandido José Adauto Lima de Souza, conhecido como Zé Roberto, 37, já assassinado no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS , junto com o irmão Cairo Lima de Sousa em julho de 2006 ).

19 de abril de 2003.
Morre aos 93 anos de idade o Padre Antônio Batista Vieira.

16 de Fevereiro de 2004.
Várzea Alegre amanhece isolada do restante do pais. Todas as vias interrompidas pelo desabamento de três pontes na BR-230 Cachoeira Dantas e São Cosme, portanto antes e depois da sede do município, e a Ponte dos Grosso na estrada do Algodão).
A cidade amanheceu sem energia, telefone, celular, internet, e a população em pavorosa com medo do Açude Olho D'água viesse a romper a parede, que chegou a faltar poucos centímetros para transbordar.

O açude sangrou pela primeira e única vez, causando a maior enchente do Riacho do Machado nos últimos 100 anos.

2 comentários:

  1. Nota-se a olho nu o total desinteresse pelo conhecimento. Ninguem conhece e, o pior, ninguem interessa conhecer.

    Na minha singeleza e humildade acho que escrever sobre memória e história em Várzea-Alegre é perca de tempo.

    Se eu tivesse acesso aos administradores do "Blog Memória Varzealegrense" essa seria a minha observação sincera.

    Os mais jovens não conhecem nada da história nem interessam saber.

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  2. NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL

    Quem chegou aqui primeiro
    Com título de capitão
    Na companhia do irmão
    Foi Agostinho Pinheiro.
    Tomou a posse ligeiro
    Reconheceu o local,
    Retornou a Portugal
    E o irmão ficou apossado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Aqui o padre Vieira
    Fez batizado e sermão
    O jumento nosso irmão
    Ele viu na capoeira.
    Sentou no pau da porteira
    Olhou para o animal
    Fez o texto inicial
    Que depois foi editado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Escutei muito baião
    Tocado por Pedro Souza
    Que era quase a mesma coisa
    Do toque do Gonzagão.
    Depois de uma infecção
    O artista passou mal
    Faleceu na capital
    Mas aqui foi sepultado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Nesse vale antigamente
    O povo rezava mais
    Não tinha gente capaz
    De mexer com penitente.
    Na rua de São Vicente
    Tinha banda cabaçal,
    Roda de maneiro pau
    E a festa de reisado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.




    Quando o Santo padroeiro
    Viu a torre despencando
    Ficou no alto esperando
    Pelo corpo de bombeiro.
    Desceram o santo primeiro
    Em seguida o pedestal,
    Rezaram missa campal
    E a banda tocou dobrado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Foi um dos irmãos Pinheiro
    Que numa atitude boa
    Deu de presente a lagoa
    Para o nosso padroeiro.
    Mas um grupo interesseiro
    Tomou a posse ilegal
    E nessa trama infernal
    O santo foi deserdado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Não sei quem me batizou
    Porque nunca fiz questão
    Mas foi o frei Damião
    O frade que me crismou.
    Em seguida me mandou
    Fazer o pelo sinal,
    Na frente do pessoal
    Pra ficar abençoado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Conheci Manoel Tetê
    Oficial de justiça
    Que era curto da vista
    Mas teimoso como o que.
    Morreu sem saber porque
    Meirinho é oficial
    Mas com um ganzá de metal
    Nunca molhou um mandado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Raimundo Lucas Bidinho
    Poeta varzealegrense
    Escreveu no “ Cearense “
    Que não passou no moinho.
    Disse que ficou sozinho
    Vivendo do Funrural,
    Sem ter acesso ao real
    Como todo aposentado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Foi Antônia Cabeleira
    Quem fez papel de cegonha,
    Mas os cabras sem vergonha
    Tratava por cachimbeira.
    Ela da sua maneira
    Fazia o parto normal,
    Sem precisar hospital
    Nem aparelho ligado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Num dia bem inspirado
    Foi que José Clementino
    Desenvolveu nosso hino
    Com Mestre Antônio de lado.
    Musicaram num dobrado
    Deram o retoque final
    E por lei municipal
    Foi aceito e aprovado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Aqui o Sávio Pinheiro
    Desenvolveu seu repente,
    Rimando e salvando gente
    Num projeto pioneiro.
    Ganhou o Brasil inteiro
    O projeto cultural,
    De um poeta imortal,
    Que foi nascido e criado,
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL







    Nossa terra viajava
    Nesse mundão de meu Deus,
    Quando um dos filhos seus
    Os contrastes transportava.
    Por onde ele chegava
    Tinha alegria total,
    Era assim como um jornal
    O Zé Felipe afamado,
    DESSE VALE DO MACHADO DE
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Tem água na região
    Do açude do São Vicente,
    Mas mesmo assim teve gente
    Que foi contra a construção.
    Gente que fez confusão
    No projeto inicial,
    Mas com a decisão final
    Ficou feito e aprovado.
    NESSE VALE DO MACHADO
    DE ZÉ RAIMUNDO E DUDAL.

    Mundim do Vale
    V. Alegre-Ceará.


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