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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 7 de outubro de 2017

Como a Rádio Vaticano noticiou a canonização dos novos santos brasileiros

Natal (Rádio Vaticano) - “A canonização dos mártires é muito importante para o Brasil, porque eles representam o povo simples e valorizam a fé, reforçam o valor do martírio, o testemunho e a piedade. Eles devem despertar em todos um sentimento de espiritualidade e introspecção, para voltarmos mais para Deus, diante de realidades tão sérias como as nossas”: palavra de Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal, a respeito dos futuros santos mártires do Brasil, que serão canonizados pelo Papa em 15 de outubro, na Praça São Pedro.

História dos mártires
Os massacres ocorreram em 16 de julho e 3 de outubro de 1645, durante a ocupação holandesa no Nordeste do Brasil. Liderados por Jacó Rabbi, um alemão a serviço da Companhia das Índias Ocidentais Holandesas, soldados e índios tapuias invadiram a capela do Engenho de Cunhaú, durante a missa dominical e assassinaram o Padre André de Several e um grupo de fiéis.

Os soldados holandeses eram calvinistas e exigiam que os católicos se convertessem.  No dia 3 de outubro, outro grupo de católicos que morava em Natal foi levado para Uruaçu, às margens do Rio Potengi, e martirizado. Segundo cronistas da época, o leigo Mateus Moreira teve o coração arrancado pelas costas. Em sua agonia, Mateus repetia a frase “louvado seja o Santíssimo Sacramento”.

Os protomártires do Brasil foram beatificados em 2000 por João Paulo II.Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Jaime, que está de viagem para Roma com uma numerosa delegação de sua arquidiocese, afirma esperar que a canonização desperte uma reflexão sobre a não-violência. “O povo vive um drama muito grande. Que não lhe faltem a fé, a confiança e a fortaleza para vencer”, diz.

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