Comentarista Mauro Pinheiro e o narrador Fiori Giglioti.
O cronista esportivo é levado ao futebol geralmente por um clube.
Todo profissional da comunicação futebolística tem o direito de torcer pelo time de sua predileção.
Mas o cronista que se preza não pode distorcer os fatos em nome de sua paixão.
Deve trabalhar sempre com a verossimilhança.
Quem torce pelo microfone não reúne condições básicas para a melhor análise dos acontecimentos.
Não estou falando de neutralidade.
Narrador Waldir Amaral.
Ninguém é neutro.
Tem que ter isenção, é isso é diferente.
O procedimento, de forma contrária a esse princípio, mistura trabalho e paixão.
O cronista tem de conhecer o seu lugar.
Nunca se colocar como mais importante do que a profissão.
Entender uma coisa: quem chancela o seu trabalho é o ouvinte.
Costumo repetir que o valor de mercado do comentarista esportivo, por exemplo, está na sua credibilidade.
Comentarista Ruy Porto.
O mesmo não pode verberar somente sobre assuntos que lhe interessam.
Vejo na cobertura customizada, dedicada exclusivamente a um clube, uma aberração.
É desalentador quando se ouve sobre um comunicador: “mais parece um torcedor embriagado com o microfone na mão”.
Li e ouvi isso mais de uma vez.
Fica o recado. Talvez, útil.
Na década de 70 do século passado, bem jovem ainda eu ouvia pelas Radio Globo, Bandeirantes as narrações de Valdir Amaral e Fiori Giglioti. Ouvia os comentários de Mauro Pinheiro e Ruy Porto. Ali a capacidade e a seriedade andavam de mãos dadas.
ResponderExcluirCausa nojo ver o Brasil perdendo de 7 x 0 para a Alemanha e o Galvão Bueno narrando outro jogo. Impondo sua admiravel bajulação, vendo um jogo e narrando outro.
Parabéns ao Wilton Bezerra por se igualar aos profissionais acima na competência, seriedade e honestidade.
Comecei a gostar do futebol ouvindo os grandes narradores e comentaristas das rádios de São Paulo e do Rio de Janeiro. Hoje sinto falta de bons comentáristas.
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