André de João André da Lagoa dos Currais, em Arneiroz, casado com a senhora Olga, em passeio na Várzea-Alegre se hospedou na casa de sua sobrinha, Antonia de Andrezinha, minha mãe, casada com José de Pedro André. Vejam só o enlinhado sanguineo.
No segundo dia da visita José André disse para o primo : Dedé esse negócio de homem em casa não dar certo. Pegue uma enxada dessas e me acompanhe pra roça.
Quando retornaram para o almoço, minha mãe Antônia tinha cortado uns três dedos do cabelo de Olga. José André observou o modelito e disse : André viu Olgo de cabelo cortado, ficou jeitosa.
Dedé respondeu : de noite ela vai me pagar.
No outro dia, quando sentaram-se na mesa para o café da manha José André perguntou : e aí Dedé, Olga pagou o corte de cabelo?
Dedé prendendo os lábios para não ri respondeu : pagou, e pagou um corte adiantado.
Épocas remotas. A mulher para cortar o cabelo tinha que ter o acordo do marido. Nada era feito sem que antes levasse ao seu conhecimento.
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