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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

DESCRENÇA - Por Wilton Bezerra.

A esperança é uma palavra inventada para que suportemos o mundo e a nós mesmos.
Ou é uma sentença construída por algum sábio ou parte de um texto que li.
Não sei.
Peguei no ar.
No Rio antigo era comum nos ambientes artísticos o roubo de letras musicais.
Aos que reclamavam desse péssimo ato de gatunar obras alheias o grande compositor Sinhô afirmou: “Música é como passarinho; é de quem pegar primeiro”.
Está justificado o uso da frase acima.
No entanto, quero falar mesmo é da descrença que sabota a esperança nesse país.
Me refiro à forma cínica e irresponsável da classe politica.
Os horários políticos obrigatórios nos meios de comunicação funcionam como forma de disfarçar que tudo vai bem.
A indiferença e o cinismo dessa gente se juntam numa combinação letal.
Uma normalidade forjada por discursos falaciosos
Os velhos e novos malfeitores se misturam para comprovar o axioma de Ulisses Guimarães – o próximo congresso será muito pior que o atual.
Quer dizer: do circo de horrores não vimos nada, ainda.
Para atônitos e descrentes brasileiros só tem restado uma atitude – o uso do controle remoto para desligar a televisão.
É de provocar urticária.

Um comentário:

  1. Os políticos com o apoio da justiça destruíram a nação. Que esse prédio suntuoso volte a ser um presidio como no inicio de sua historia é desejo do povo brasileiro.

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