Há quem não veja nada de interessante no jogo coletivo.
Pelas bandas de cá, onde o futebol foi fundado nas individualidades de Garrincha, Pelé e outros gênios da bola, certas resistências apontavam o futebol solidário como uma maldição.
“Uma sistematização limitadora do talento individual”, vociferavam.
Quem assistiu Alemanha 2 Suécia 1, deve ter se convencido de que o modelo de jogo dos campeões do mundo, baseado no protagonismo coletivo, é bonito de se ver e não tira o brilho individual de um Boateng, de um Kross, por exemplo.
A Suécia, admirável adversário, montou-se num esquema de contragolpes e proporcionou um duelo de gigantes.
Vindos de uma derrota para o México por 1 X 0, os alemães sofreram o primeiro gol e nem assim perderam o maior controle da bola e do tempo.
Fizeram a bola girar, em viradas de jogo, ocuparam permanentemente os espaços no campo sueco, mesmo correndo o risco do contragolpe, e insistiram em tabelas nos curtos espaços da defesa adversária.
Método e repetição nas tramas de um time forte, técnica e fisicamente.
E viraram o jogo para 2 X 1, de maneira dramática.
O gol da vitória numa cobrança de falta planejada, através de Kross, foi um desses momentos imperdíveis do futebol.
Triunfo espetacular sem irritação ou murros na bola.
Lembrei-me deu uma máxima do genial Cruyff: “Qualidade sem resultado não tem sentido; resultado sem qualidade não tem graça”.
A grande mídia brasileira, a imprensa que vive do futebol estava alegre e feliz com a possível eliminação precoce da Alemanha. Não se entende. Sendo eliminada cedo ou tarde a Alemanha é quem dar o melhor exemplo de disciplina, educação e caráter. Todos tem muito a aprender com a Alemanha.
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