Para entender o pedido de demissão de Sergio Moro, é preciso explicar o que ocorreu antes da reunião ministerial.
No dia 19 de abril, Jair Bolsonaro ouviu que Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e ministros do STF haviam se encontrado de madrugada para discutir o impeachment.
Consultado pelo presidente sobre o assunto, Sergio Moro respondeu que, de acordo com ele, aquele encontro simplesmente não teria ocorrido.
No dia 22, durante a reunião ministerial, Jair Bolsonaro voltou a cobrar de Sergio Moro informações sobre aqueles que estavam “se reunindo de madrugada, para lá, para cá”.
Foi nesse ponto que ele confessou dispor de um “sistema de informações particular”, e prometeu demitir Sergio Moro se o sistema “oficial” não passasse a vazar notícias para o “particular”.
Em seguida, ele acusou o ministro de desinformá-lo.
O que fez Sergio Moro?
Aquilo que qualquer pessoa íntegra faria: levantou-se e foi embora. Para sempre. Ele jamais aceitaria submeter a PF à arapongagem aloprada.
A chave para entender a demissão de Sergio Moro, portanto, é aquele trecho:
“Se reunindo de madrugada, pra lá, pra cá. Sistemas de informações: o meu funciona. O meu particular funciona. Os ofi… que tem oficialmente, desinforma”.
O maior crime evidenciado na reunião ministerial é o desprezo absoluto de Jair Bolsonaro pela vida dos brasileiros.
ResponderExcluirA epidemia de Covid-19 foi ignorada por todos.
Naquele momento, o novo coronavírus havia matado 2741 pessoas. Agora, 32 dias depois, ele já matou 21116 – oito vezes mais.
A maior novidade do vídeo da reunião ministerial é o trecho em que Jair Bolsonaro confessa ter um “sistema de informações particular”.
ResponderExcluirSergio Moro não saiu do governo apenas porque o presidente bananeiro trocou na marra o diretor-geral da PF. Ele saiu porque Jair Bolsonaro pretendia subordinar a PF à arapongagem bolsonarista.
É muito mais grave do que uma simples tentativa de interferir na PF.