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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 23 de maio de 2020

A chave para entender a demissão de Moro - Por O Antagonista.


Para entender o pedido de demissão de Sergio Moro, é preciso explicar o que ocorreu antes da reunião ministerial.

No dia 19 de abril, Jair Bolsonaro ouviu que Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e ministros do STF haviam se encontrado de madrugada para discutir o impeachment.
Consultado pelo presidente sobre o assunto, Sergio Moro respondeu que, de acordo com ele, aquele encontro simplesmente não teria ocorrido.
No dia 22, durante a reunião ministerial, Jair Bolsonaro voltou a cobrar de Sergio Moro informações sobre aqueles que estavam “se reunindo de madrugada, para lá, para cá”.

Foi nesse ponto que ele confessou dispor de um “sistema de informações particular”, e prometeu demitir Sergio Moro se o sistema “oficial” não passasse a vazar notícias para o “particular”.
Em seguida, ele acusou o ministro de desinformá-lo.
O que fez Sergio Moro?

Aquilo que qualquer pessoa íntegra faria: levantou-se e foi embora. Para sempre. Ele jamais aceitaria submeter a PF à arapongagem aloprada.
A chave para entender a demissão de Sergio Moro, portanto, é aquele trecho:

“Se reunindo de madrugada, pra lá, pra cá. Sistemas de informações: o meu funciona. O meu particular funciona. Os ofi… que tem oficialmente, desinforma”.

2 comentários:

  1. O maior crime evidenciado na reunião ministerial é o desprezo absoluto de Jair Bolsonaro pela vida dos brasileiros.

    A epidemia de Covid-19 foi ignorada por todos.

    Naquele momento, o novo coronavírus havia matado 2741 pessoas. Agora, 32 dias depois, ele já matou 21116 – oito vezes mais.

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  2. A maior novidade do vídeo da reunião ministerial é o trecho em que Jair Bolsonaro confessa ter um “sistema de informações particular”.

    Sergio Moro não saiu do governo apenas porque o presidente bananeiro trocou na marra o diretor-geral da PF. Ele saiu porque Jair Bolsonaro pretendia subordinar a PF à arapongagem bolsonarista.

    É muito mais grave do que uma simples tentativa de interferir na PF.

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