Nos 28 dias entre a posse de Nelson Teich no Ministério da Saúde e sua saída, os óbitos oficiais por covid-19 aumentaram 666% no Brasil.
No entanto, o principal responsável por esse número que retrata a dor e o desespero dos entes queridos dos mortos e da população assustada com a perspectiva de essa situação ficar ainda mais trágica, o presidente da República teve o desplante de chamar de “tirano” quem defende a única forma reconhecida pela ciência para combater a pandemia que assombra o mundo.
Revelando um talento insuspeitado de profeta, o general Ernesto Geisel, quarto presidente da ditadura militar, cuja fotografia orna a parede do gabinete de deputado federal que ele ocupou, o chamou de “mau militar”.
Neste dia, por essas coincidências do destino, morreu de câncer no pulmão o repórter Luiz Maklouf de Carvalho, autor do livro "O Cadete e o Capitão", que revela os motivos pelos quais o general fazia este péssimo juízo do capitão Jair Bolsonaro.
Sinceramente eu não sei como fui enganado com tanta facilidade. Eu tinha uma admiração inigualável pelo General Ernesto Geisel. Era um General bem diferente desses cagões que cercam o presidente Bolsonaro. Tanto é que eu registrei o meu terceiro filho com o nome de Ernesto em sua homenagem. Hoje a minha admiração pelo ex-presidente Ernesto Geisel é milhares de vezes maior. Saber que ele afirmou que o Bolsonaro era um mal militar me conforta diante do meu erro irreparável de ter votado para um bandido.
ResponderExcluirA semear a insegurança e a desinformação, e ao colocar em risco a vida dos brasileiros, seu afastamento do cargo se impõe.
ResponderExcluirO momento é grave. É hora de dar um basta ao desgoverno.
Hoje é preciso falar ao conjunto dos brasileiros, nossa população multiétnica, multirracial, com diversidade cultural e distintas visões políticas, 210 milhões de cidadãs e cidadãos.
Hora de falar ao povo, detentor e destinatário dos rumos do país.
Assistimos em 2019 ao desmanche de instituições e estruturas de Estado, em nome de alinhamentos ideológicos e guerras culturais.
A partir de fevereiro último, com a chegada da pandemia em nosso território, ao grande desmanche somaram-se ataques à ordem constitucional, à democracia, ao Estado de Direito.
Não podem ser banalizados, muito menos, naturalizados.
Fundação Arns.