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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Desmandos de um “mau militar” - Por José Newmanne Pinto.


Nos 28 dias entre a posse de Nelson Teich no Ministério da Saúde e sua saída, os óbitos oficiais por covid-19 aumentaram 666% no Brasil. 

No entanto, o principal responsável por esse número que retrata a dor e o desespero dos entes queridos dos mortos e da população assustada com a perspectiva de essa situação ficar ainda mais trágica, o presidente da República teve o desplante de chamar de “tirano” quem defende a única forma reconhecida pela ciência para combater a pandemia que assombra o mundo. 

Revelando um talento insuspeitado de profeta, o general Ernesto Geisel, quarto presidente da ditadura militar, cuja fotografia orna a parede do gabinete de deputado federal que ele ocupou, o chamou de “mau militar”. 

Neste dia, por essas coincidências do destino, morreu de câncer no pulmão o repórter Luiz Maklouf de Carvalho, autor do livro "O Cadete e o Capitão", que revela os motivos pelos quais o general fazia este péssimo juízo do capitão Jair Bolsonaro. 

2 comentários:

  1. Sinceramente eu não sei como fui enganado com tanta facilidade. Eu tinha uma admiração inigualável pelo General Ernesto Geisel. Era um General bem diferente desses cagões que cercam o presidente Bolsonaro. Tanto é que eu registrei o meu terceiro filho com o nome de Ernesto em sua homenagem. Hoje a minha admiração pelo ex-presidente Ernesto Geisel é milhares de vezes maior. Saber que ele afirmou que o Bolsonaro era um mal militar me conforta diante do meu erro irreparável de ter votado para um bandido.

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  2. A semear a insegurança e a desinformação, e ao colocar em risco a vida dos brasileiros, seu afastamento do cargo se impõe.

    O momento é grave. É hora de dar um basta ao desgoverno.

    Hoje é preciso falar ao conjunto dos brasileiros, nossa população multiétnica, multirracial, com diversidade cultural e distintas visões políticas, 210 milhões de cidadãs e cidadãos.

    Hora de falar ao povo, detentor e destinatário dos rumos do país.

    Assistimos em 2019 ao desmanche de instituições e estruturas de Estado, em nome de alinhamentos ideológicos e guerras culturais.

    A partir de fevereiro último, com a chegada da pandemia em nosso território, ao grande desmanche somaram-se ataques à ordem constitucional, à democracia, ao Estado de Direito.

    Não podem ser banalizados, muito menos, naturalizados.

    Fundação Arns.

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