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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 17 de maio de 2020

VÍRUS NÃO SÃO OS VILÕES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Tudo que é desconhecido faz medo. O mistério pode causar o pavor. Nelson Rodrigues sempre citava, nas suas crônicas, que a “meia-noite é a hora que apavora”. Mas, o intuito da croniqueta não é causar medo, apenas repercutir informações.

Vejam o que afirmou, numa entrevista ao El País, o renomado escritor e biólogo Mia Couto: “Os vírus não podem ser entendidos como os maus da história, os vilões que merecem ser estudados apenas por motivos médicos. Há, ainda, dúvidas na comunidade científica sobre se considerar essas criaturas como seres vivos ou partículas inorgânicas. Sejam o que forem, os vírus são os grandes maestros da orquestra da vida, são os mensageiros e agentes de troca entre os mais diversos patrimônios genéticos”.

Couto diz mais: “Eles estão onde está a vida, estão dentro de nós. O nosso genoma incorpora elementos virais. Nós somos feitos a partir deles. Os mamíferos não seriam capazes de desenvolver placenta se não tivéssemos incorporado geneticamente esses elementos virais. Falo isso porque essa pandemia não será a última. Já estávamos avisados que viria algo parecido e ficamos à espera, embevecidos com o nosso poderio tecnológico, com a ilusão da onisciência”.


Numa outra passagem, Mia Couto afirma que sabemos mais sobre o urso panda do que do morcego hospedeiro do coronavírus. Isto é, o vírus estava sossegado, nas asas do morcego, e foi tirado do seu habitat.

Agora, desanimadora é a declaração da OMS de que não é possível prever quando e se o novo coronavírus (Sars-Covid V-2) vai desaparecer. Informa, ainda, que ele pode se tornar endêmico; o que nos obriga a conviver com ele.

Concordo que os assuntos não são palatáveis para um sábado, vizinho do domingo. Acontece, porém, que os dias estão iguais e acabou o “sextou”, “domingou” e outras bossas.

Um comentário:

  1. Diante do que dizem os especialistas a respeito da pandemia, eu espero, desejo e confio que Deus na sua infinita misericórdia dê imunidade e resistência ao ser humano. Diante de tantas duvidas, medos e tristezas só Deus para clarear as mentes e trazer um pouco de conforto.

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