Quantas vezes perguntei o que seria de nós, se não existisse o futebol, esporte que é uma junção de prazer, vocação, magia, baile, combate, alegrias, tristezas, desespero e afetos.
Nessa disputa, consolida-se a certeza de que as vitórias e derrotas são impostoras.
É, nesse jogo, onde as vitórias não são para sempre e as derrotas não ficam para o resto da vida.
Parte integrante do nosso cotidiano, o futebol nos alegra nos triunfos e consola nos fracassos, por variadas razões.
Pois bem: o futebol, acossado por uma pandemia, foi obrigado a interromper suas atividades, nos empurrando para condição de mais um respirando o ar das multidões.
Nessas férias forçadas, estamos vivenciando situações surrealistas. Os treinamentos físicos e táticos de forma virtual, e os incríveis protocolos assemelhados a cuidados para uma aventura lunar.
A solidão de cada um pelo mundo físico negado, de repente, a um esporte cujas aglomerações são o seu oxigênio.
Para nós, esquisitices a nos remeter aos tempos de um treinador chamado Gentil Cardoso, que usava, para orientações à distancia nos treinamentos, um megafone.
Os planejamentos quebrados pelo medo, mesmo com a possibilidade de retorno gradual, vão produzindo situações econômicas preocupantes.
Mesmo com os planos de redução salarial se renovando, o sinal já foi dado, por grandes e pequenos, de que “o gás acabou”. Isto é, da pedra não sai mais leite.
Como venho dizendo, arriscar uma previsão para a volta do futebol é apostar no erro. E como disse o ex-ministro Malan: no Brasil é difícil prever até o passado.
Pegando o gancho de um dono de time da Europa, diríamos que viver sem futebol é possível. Mas, que a vida fica meio sem sentido, também, é verdade.
Prezado Wilton - Logo após a Copa do Mundo de 1930, no Uruguai, o esporte bretão tomou um grande impulso no Brasil. Multiplicaram-se os campos improvisados! As bolas para a pratica do esporte iam desde as feitas com bexigas de boi até as de pano.
ResponderExcluirEm Várzea-Alegre, talvez tenha acontecido a mais inusitada partida de futebol daqueles dias. O campo era um curral onde as duas porteiras, abertas apenas com o pau de cima, serviam de balizas e a bola era uma almofada de bilros. As duas equipas se posicionaram para iniciar a disputa. Há quem diga que houve até um minuto de silencio; não se sabe para quem.
Quando o arbitro deu o silvo inicial, os bandos contendores se "abofelaram" e a poeira cobriu. O juiz ficou perdido no meio da pancadaria e só conseguiu encontrar o apito cinco minutos depois. Com vários e altos silvos longos, conseguiu parar a tourada, mas o estrago já estava feito! Acalmados os ânimos e baixado a poeira, a almofada tinha desaparecido, dez braças de cerca estavam no chão e meia dúzia de contundidos baixaram à "enfermaria" que era uma bodega nas proximidades: cada um tomou um oito de cana para não gripar.
kkk
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