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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 6 de julho de 2020

A safadeza da derrubada de monumentos públicos – por Armando Lopes Rafael


    Em Londres, vândalos picharam o monumento  ao Primeiro Ministro Winston Churchill, o herói que garantiu a liberdade e a democracia ao mundo ocidental,quando  articulou, durante a 2ª Guerra Mundial, a destruição do regime nazista da Alemanha de Hitler

   “Safadeza” é um substantivo definido, nos dicionários, como uma “Característica, qualidade ou particularidade de quem é safado; safadice ou desfaçatez”; “Ação ou comportamento que demonstra deslealdade ou indignidade”. Pois é isto que alguns terroristas vêm fazendo – nas passeatas a título de protesto contra o racismo – mundo afora. Já os monumentos públicos podem ser enquadrados a partir de uma placa comemorativa, passando por pequenos bustos, até chegarem às esculturas – pequenas ou grandes – com o objetivo de homenagear ou enaltecer pessoas que deixarem algum feito digno de admiração por seus pósteros.

     Dias atrás noticiou-se que um movimento de vândalos do Rio de Janeiro (imitador servil das esquerdas americana e inglesa) chegou a planejar a derrubada do monumento à Princesa Isabel, existente numa avenida daquela cidade. Houve reação forte de segmentos da sociedade carioca e os terroristas tupiniquins se retraíram no seu propósito demolidor.

       Normalmente os monumentos refletem a mentalidade da época em que foram construídos. Julgar atos de 50, 100 anos, ou mais tempo atrás, pela mentalidade da minoria decadente desta segunda década do corrente terceiro milênio é uma insensatez completa. Nossos velhos monumentos são o reflexo do estado de espírito, do grau de civismo e das crenças das gerações passadas que os erigiram. 

          Tomemos o exemplo da cidade de Crato. Quando foram aqui edificados os monumentos a Cristo Rei, a Dom Quintino, ao Dogma da Assunção de Nossa Senhora, dentre outros, a sociedade cratense era majoritariamente católica. Nossos jovens, naquela época, – diferentes de uma minoria intolerante dos dias atuais – andavam limpos (não usavam tatuagens, nem drogas), não eram adeptos das lutas de classes (hoje tão em voga), cultivavam o civismo,  a honestidade, as boas maneiras no tratamento com o próximo, eram tolerantes etc.etc.

            Não se pode admitir que essa minoria venha a vandalizar nossos poucos monumentos, simplesmente porque discorda ideologicamente da mentalidade de quem os erigiu no passado. Ademais, os nossos monumentos (e outros bens culturais) são protegidos por lei. Se esse magote tentar destruir nosso patrimônio público, qualquer cidadão deve chamar a Polícia, a qual prenderá os contraventores, e estes, em seguida, sofrerão os rigores da lei. Simples assim.

Um comentário:

  1. Prezado amigo Armando - Eu digo sempre que os pseudos líderes atuais, que de líder nada têm, se pudessem não existia o antes nem o depois deles. Como eles não constroem o presente, tratam de destruir o passado. Povo sem passado não tem futuro. veja o caso desta republiqueta desenvergonhada Brasil. Quem está preparado para representar os Andradas? Dom Pedro II? A princesa Isabel? Os Guimarães? As Marias do Rosário? As Carlas Zambele? Os 1, 2, 3 Bolsonaros? Esses canalhas pretendem aparecer desnudando a imagem alheia, apagando a história.

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