Sentir saudades? Quem é que não sente?
Afinal apenas somos humanos.
Mas a saudade às vezes é latente
E nos carrega ao mundo dos insanos.
E nesta coisa de se estar carentes,
Vemos no passar lento dos anos,
Que aqueles sonhos de outrora presentes
Vão dando espaço à voz dos desenganos.
Assim, ante o incomodo desconforto,
De se ver passar anos sempre iguais.
Qual errante nau que procura porto,
No horizonte extremo de longínquo cais,
Singramos ondas de um oceano morto,
Onde sereias já não cantam mais.
Um soneto de bela feitura e muito real.
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