Se o cenário eleitoral já é desolador, o pós-eleitoral consegue ser ainda pior.
Diz William Waack:
“As consultorias assumem que Lula será o vencedor e que o estrago institucional bolsonarista permanecerá nos limites do último 7 de Setembro”.
Sem golpe, portanto. Mas com Lula e com o Centrão:
“As mesmas análises consideram o conjunto de forças do Centrão um fator de estabilidade. Em outras palavras, um presidente como Bolsonaro, que já não governa, está limitado em suas estripulias institucionais. E Lula, que sem o Centrão não governa, estará contido em suas estripulias econômicas (como reverter reformas trabalhista e previdenciária).”
A conclusão de William Waack é perfeita:
“Relatórios de análise de risco político e econômico de consultorias internacionais dão menos ênfase a aspectos como ‘qualidade das elites dirigentes’, ‘lideranças políticas’ ou ‘ideias para o país’ – para não falar em qualidade da democracia e emburrecimento geral do debate.
Quem faz contas de retorno de investimento imediato tende a achar tudo isso acadêmico e distante. Mas é o decisivo mesmo no curto prazo. Nesse sentido, o cenário de risco político e econômico das eleições brasileiras é péssimo.”
O futuro é o domínio absoluto da corrupção. Lula ou Bolsonaro não existe mal menor.
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