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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 22 de abril de 2022

O futuro é o emburrecimento - Por Diogo Mainardi.

 

Se o cenário eleitoral já é desolador, o pós-eleitoral consegue ser ainda pior. 

Diz William Waack:

“As consultorias assumem que Lula será o vencedor e que o estrago institucional bolsonarista permanecerá nos limites do último 7 de Setembro”.

Sem golpe, portanto. Mas com Lula e com o Centrão:

“As mesmas análises consideram o conjunto de forças do Centrão um fator de estabilidade. Em outras palavras, um presidente como Bolsonaro, que já não governa, está limitado em suas estripulias institucionais. E Lula, que sem o Centrão não governa, estará contido em suas estripulias econômicas (como reverter reformas trabalhista e previdenciária).”

A conclusão de William Waack é perfeita:

“Relatórios de análise de risco político e econômico de consultorias internacionais dão menos ênfase a aspectos como ‘qualidade das elites dirigentes’, ‘lideranças políticas’ ou ‘ideias para o país’ – para não falar em qualidade da democracia e emburrecimento geral do debate. 

Quem faz contas de retorno de investimento imediato tende a achar tudo isso acadêmico e distante. Mas é o decisivo mesmo no curto prazo. Nesse sentido, o cenário de risco político e econômico das eleições brasileiras é péssimo.”

Um comentário:

  1. O futuro é o domínio absoluto da corrupção. Lula ou Bolsonaro não existe mal menor.

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