A compra de votos sempre funcionou no Brasil. Do carro-pipa ao Bolsa Farelo, o eleitorado é tradicionalmente propenso a um cabresto vexatório.
Diz O Globo:
“A última pesquisa do Datafolha apontou que beneficiários do Auxílio Brasil estão mais indecisos em relação ao seu voto para presidente. Em caminho inverso ao do resto da população, o percentual dos que recebem o valor e que disseram estar totalmente decididos sobre seu voto caiu de 75% para 69%. Estrategistas da campanha de Bolsonaro esperam ver números em ascensão nas pesquisas a partir do primeiro pagamento”.
Isso não é estratégia, é suborno.
A primeira questão, como escreveu Mário Sabino, é se o voto vai ser vendido à vista ou parcelado. A segunda questão, igualmente decisiva, é se 600 reais são o bastante para apagar o rastro de morte deixado pelo bolsonarismo.
Duvido muito, mas sou incapaz de interpretar os sentimentos dos meus compatriotas.
Bolsonaro tem dois problemas pela frente.
ResponderExcluirPrimeiro : Faz muito pouco tempo que para se eleger Bolsonaro cagava goma e contava vantagem dizendo que ia fazer um governo sem corrupção, sem Centrão e combatente ao crime. Depois de eleito esqueceu, virou as costas para o povo e fez tudo o contrário.
Segundo : No pior momento da pandemia, quando o Brasil enterrava 3.500, 4.000 ou até mais pessoas Bolsonaro debochava dos mortos e dos seus familiares. Talvez não seja os 200,00 a mais no beneficio que vá fazer o brasileiro esquecer. Talvez não dê nem para cobrir o prejuizo com a inflação.