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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Muito além da princesa Isabel, 6 brasileiros que lutaram pelo fim da escravidão no Brasil - Postagem do Antônio Morais.


O fim da escravidão no Brasil completou 132 anos em 13 de maio deste ano. Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil Pedro II, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição - sem nenhuma medida de compensação ou apoio aos ex-escravos.

A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.


Mas a abolição no Brasil está longe de ter sido uma benevolência da monarquia. Na verdade, foi resultado de diversos fatores, entre eles, o crescimento do movimento abolicionista na década de 1880, cuja força não podia mais ser contida.

Entre as formas de resistência, estavam grandes embates parlamentares, manifestações artísticas, até revoltas e fugas massivas de escravos, que a polícia e o Exército não conseguiam - e, a partir de certo ponto, não queriam - reprimir. Em 1884, quatro anos antes do Brasil, os Estados do Ceará e do Amazonas acabaram com a escravidão, dando ainda mais força para o movimento.

A disputa continuou no pós-libertação, para que novas políticas fossem criadas destinando terras e indenizações aos ex-escravos - o que nunca ocorreu.

3 comentários:

  1. É certo que a Monarquia era totalmente contra a escravidão. É sabido que a principal causa da queda do império foi a libertação dos escravos. Farei a segui seis postagens falando um pouco dos ilustrados na foto da postagem para o conhecimento público de suas lutas. Siga o Blog e veja.

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  2. O “13 de Maio” continua sendo uma das nossas maiores datas cívicas, ao lado do “7 de Setembro”, do “12 de Outubro” (Dia de Nossa Senhora Aparecida)... Só nunca conseguiram foi induzir o povo a festejar o “15 de Novembro” data do golpe militar que implantou a república no Brasil. Mas isso é outra história....

    No dia 13 de maio de 1888, há 132 anos, A Princesa Regente, Dona Isabel (a primeira mulher a governar o Brasil. Os que dizem que foi Dilma Rousseff, não conhecem a nossa história), pois bem a Princesa Isabel tomou da pena de ouro que lhe oferecera a subscrição popular — uma das três que surgiram na ocasião — para assinar a Lei nº. 3.353, por meio da qual o instituto jurídico da escravidão estava para sempre abolido do Brasil.

    Muito além de seus dois singelos artigos, a Lei Áurea trouxe equiparação legal a todos os brasileiros, cessando a distinção ignominiosa de cor e raça. No árido caminho que trilha a cidadania brasileira, como aponta o Prof. José Murilo de Carvalho, foi um dos passos mais flamejantes. O documento fazia nascer, simbolicamente, uma nação que, até então, inexistia. A nação em que pretos, brancos, índios, eram todos igualmente brasileiros. Como sempre lembra o Prof. Eduardo Silva, era o “mundo de ponta-cabeça”. A díade senhor-escravo havia sido extinta no Direito brasileiro.

    Por remir o Brasil de seus quase quatro séculos de cativeiro, de tráfico transatlântico e de barbárie escravista, a Princesa Imperial Regente D. Isabel, futura imperatriz, seria banida do Brasil no ano seguinte. Seu reinado foi abortado e, com ele, tudo o que significaria para o Brasil esvaeceu. No exílio, durante trinta e dois anos, a única mulher brasileira que nos governou no século XIX somente pôde reinar entre aqueles que a cercavam na França, ou no coração dos que amargavam o sofrimento pela distância dela, aqui no Brasil, mormente os antigos escravizados e seus descendentes — que na Primeira República encontravam somente desprezo e rechaço por parte das novas autoridades republicanas....

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  3. Vá no seu rítimo, não se afobe, não acelere, não exagere, apenas vá no seu tempo.

    Ninguém é melhor do que ninguém.

    Mas, alguns se destacam pelo caráter e outros pela falta dele. Os monarquistas estão entre os primeiros.

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